Um estudo que deve ser apresentado este mês na reunião anual da Associação Americana para o Estudo de Doenças do Fígado descobriu que parar de ingerir bebidas alcoólicas durante quatro semanas é capaz de trazer benefícios mensuráveis para a saúde pessoal.
A pesquisa verificou o impacto da abstinência de álcool temporária em 102 pessoas. O jornal “The Guardian” conta que as conclusões identificaram uma redução da fibrose do fígado, situação que pode levar à cirrose.
Segundo o G1, os pesquisadores acreditam que as “férias” do álcool podem ajudar o fígado a se recuperar, pelo menos parcialmente, dos danos provocado pelas bebidas.
A publicação refere que este não é o primeiro estudo a avaliar o impacto de um período de abstinência alcoólica na saúde de pessoas que costumam beber socialmente. Em 2013, um projeto da equipe da revista “New Scientist” em parceria com pesquisadores do Instituto do Fígado e da Saúde Digestiva na Escola de Medicina da University College London (UCLMS) estudou os efeitos da abstinência em 10 membros da equipe da revista, em comparação a 4 membros que continuaram bebendo socialmente.
As pessoas passaram por testes antes e depois da experiência e os resultados apontam que, em média, a parcela de gordura no fígado caiu 15% nos que evitaram o álcool durante o período. Além disso, diminuiu o nível de glicose no sangue, em média 16% entre os abstinentes. Os participantes que deram férias para o fígado também relataram ter um sono de melhor qualidade, além de maior nível de concentração depois da experiência.
Conta a publicação que no Reino Unido, algumas campanhas sugerem a abstinência alcoólica temporária. A “Dry January”, por exemplo, estimula que as pessoas não bebam durante os 31 dias de janeiro, além de arrecadar recursos para a organização Alcohol Concern. Já a “Go Sober for October”, organizada pela instituição Macmillan Cancer Support, propõe a abstinência no mês de outubro e a arrecadação de fundos para o combate do câncer.