O governador João Doria (PSDB) afirmou nesta sexta-feira (7/1) que não vai autorizar festas fechadas de Carnaval no estado. Na última quinta-feira (6/1), o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), anunciou o cancelamento do carnaval de rua de 2022.
No entanto, Nunes não impôs restrições para os desfiles de escolas de samba nem para eventos privados. Outras cidades da grande São Paulo e do interior também cancelaram os festejos carnavalescos de rua.
“Com relação a aglomerações em locais fechados para o carnaval o governo do estado de São Paulo não autorizará, em nenhum município poderemos ter festas de salão, ou em áreas fechadas e nem manifestações de rua, carnaval de rua. Este ano não, vamos deixar para o ano de 2023, em ambientes fechados e abertos também. Não são permitidas festas nem em salões nem em centros de convenções, centros de eventos”, disse Doria.
O governador ainda falou que o Comitê Científico do estado, composto por oito médicos e cientistas, está avaliando a possibilidade de realização do desfile no Sambódromo na capital por conta do aumento no número de casos de Covid-19 ocasionados pela circulação da variante Ômicron.
Deliberação de prefeituras
A deliberação depende da prefeitura, mas caso o estado adote medidas restritivas, as cidades não podem afrouxar.
“Se tivermos uma evolução e um agravamento com esta nova variante da Ômicron, este tema será revisto sim. E tenho a convicção de que o bom prefeito da capital Ricardo Nunes terá a sensibilidade de atender a recomendação da saúde e da ciência para não permitir a realização dos desfiles. Não é o caso ainda, mas dada a evolução acelerada é um ponto de cautela e preocupação”, disse Doria durante coletiva em Jaguariúna, no interior.
Doria ainda disse que, neste momento, descarta adotar restrições a comércio e serviços no estado, e destacou apenas que o Comitê Científico recomenda “o controle de aglomerações e o uso de máscaras em ambientes fechados e abertos”.
Entretanto, deixou claro que os prefeitos podem ser mais rigorosos do que o governo do estado face às circunstâncias locais, e que o governo não vai criar impedimento ou restrição a municípios que entenderem que precisam estabelecer mecanismos mais restritivos, como é o caso de Amparo, cidade interiorana que fixou restrições a bares e restaurantes após o aumento de 1000% nos casos de Covid nesta semana.