Nove municípios da região Noroeste Paulista – Fernandópolis, Estrela D’Oeste, Jales, Dolcinópolis, Guarani D’Oeste, Turmalina, Populina, Vitória Brasil e Ouroeste – deverão ter terras desapropriadas para a construção da Ferrovia Norte-Sul, no trecho denominado ramal sudoeste, que vai de Anápolis (GO) a um ponto entre os municípios de Estrela D’Oeste e Fernandópolis.
Encarregada da obra, a empresa pública Valec já abriu concorrência que definirá a empresa responsável pela criação de um projeto onde se estabelecerão quais áreas devem ser desapropriadas.
O traçado da ferrovia prevê uma ponte sobre o Rio Grande, ligando a mineira Iturama ao município paulista de Ouroeste. Como a porção em território paulista da ferrovia terá 66 quilômetros, o total da área a ser ocupada na região é representativo. A licitação já prevê um orçamento, para esse trecho, de mais de R$ 7 milhões, só em desapropriações.
O projeto prevê que os trilhos deverão ocupar uma faixa média de 80 metros. Assim, provavelmente o governo deverá desapropriar, só na região, no mínimo 218 alqueires ou 528 hectares. Esses números se referem apenas ao trecho dos trilhos.
Considerando as necessidades de uma ferrovia, como gares, pátios e zonas de manobra, a área a ser desocupada tende a aumentar. No próximo dia 25, as empresas interessadas na concorrência deverão entregar, no Núcleo dos Transportes, em Brasília, os envelopes com a documentação de praxe e a proposta técnica.
A previsão é que as obras comecem no segundo semestre deste ano e terminem em 2011. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) deverá incluir em seu orçamento os valores de execução da ferrovia.