quarta, 27 de novembro de 2024
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Fernandópolis volta a demitir na construção civil

Depois de começar o ano com um cenário positivo na criação de novos empregos, a construção civil voltou a demitir na região. O saldo entre contratações e demissões mostra que…

Depois de começar o ano com um cenário positivo na criação de novos empregos, a construção civil voltou a demitir na região. O saldo entre contratações e demissões mostra que foram fechadas 95 vagas de trabalho no mês de fevereiro, o que representa uma queda de 0,34% em relação ao mês anterior.

A região encerrou fevereiro com 30.917 trabalhadores formalmente registrados no setor. Os dados são da pesquisa realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE).

A região, que abrange 140 municípios cobertos pelo SindusCon-SP de São José do Rio Preto, teve números negativos na maioria das cidades que mais empregam no setor.

Em Fernandópolis o quadro foi levemente recessivo em fevereiro com o fechamento de 4 vagas, o que representa diminuição de 0,40% em relação a janeiro. A cidade tem 986 empregos formais no setor.

Já no município de Rio Preto, por exemplo, foram demitidos 84 trabalhadores, o que representa diminuição de 0,66% em relação a janeiro. A cidade passou a ter 12.703 trabalhadores com carteira assinada.

Em Catanduva as demissões voltaram depois de um janeiro animador com contratações. Em fevereiro foram fechadas 14 vagas de trabalho, o que representam redução de 0.86% em relação ao primeiro mês do ano. A cidade emprega 1.605 pessoas com registro na construção civil.

Demissões também em Votuporanga, onde 64 trabalhadores perderam o emprego. Fevereiro fechou o saldo com diminuição de 3,43% do mercado de trabalho em relação a janeiro e tem atualmente 1.804 trabalhadores registrados no setor.

Na região de Araçatuba o quadro é inverso e estão havendo contratações. A pesquisa mostra que em fevereiro, no município de Araçatuba, foram criadas 33 novas vagas, o que representa aumento de 0,91% em relação a janeiro e eleva para 3.659 o total de trabalhadores formalmente contratados na construção civil.

ESTADO DE SÃO PAULO

Em fevereiro, o emprego registrou queda de -0,57% em relação a janeiro, considerando efeitos sazonais, com redução de 4.431 mil vagas. Desconsiderando a sazonalidade, o declínio no período foi de -1,02% (-7,9 mil vagas).

No período, o segmento de engenharia e arquitetura respondeu pelo pior desempenho (-1,81%). Em seguida, o imobiliário apresentou queda de -1,03%.O estoque de trabalhadores sofreu retração de 773 mil em janeiro para 769 mil em fevereiro.

Em 12 meses, entre as regionais, Santos apresentou a maior queda, de -14,57%. Na capital, que responde por 45% do total de empregos no setor, a retração no mesmo comparativo foi de -11,53%.

BRASIL

A construção civil brasileira registrou queda de -0,83% no nível de emprego em fevereiro, em relação a janeiro, com o fechamento de 23,9 mil postos de trabalho, considerando os fatores sazonais*. Desconsiderando efeitos sazonais**, o número de vagas fechadas em fevereiro foi de 32,9 mil (-1,12%). Em 12 meses, já foram demitidos 467,7 mil trabalhadores.

O presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, afirmou não enxergar uma recuperação do emprego na construção brasileira, no curto prazo. “O setor está desempregando pelo 17º mês consecutivo. Mesmo se, como queremos, a crise política tiver um desfecho rápido dentro da legalidade, novos investimentos ao longo deste ano resultarão em obras mais adiante, e somente então se iniciará uma retomada do emprego”, comenta.

Por segmento, engenharia e arquitetura teve a maior retração (-1,66%) em fevereiro em comparação a janeiro, seguido pelo de imobiliário (-1,15%). No acumulado do ano, contra o mesmo período do ano anterior, o segmento imobiliário apresentou a maior queda (-17,73%).

A deterioração do mercado de trabalho afeta todas as regiões do Brasil, sendo que os piores resultados foram observados no Norte (-2,50%), e no Nordeste (-1,01%).

Gazeta de Rio Preto

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