A quantidade de casos de dengue aumentou nos dois primeiros meses de 2015 em relação ao ano passado em todo Brasil. Um boletim do Ministério da Saúde contabilizou até o último dia 17 um total de 51,8 mil casos confirmados de dengue este ano no Estado de São Paulo.
Várias cidades do Noroeste Paulista estão em alerta ou em situação de epidemia da doença. Somente este ano, foram registrados mais de 50 óbitos por dengue no Estado Dezoito mortes apenas na cidade de Catanduva.
Em Fernandópolis, segundo a Vigilância Sanitária, até a tarde da última quinta-feira (26), 152 casos da doença foram notificados desde o início do ano, sendo desses 63 positivos, 46 descartados e 43 ainda aguardando resultados. Embora os números sejam considerados baixos, comparando-se com as cidades da região, é preciso manter e até intensificar os cuidados.
Os profissionais da Saúde já se reuniram com representantes das secretarias de Infraestrutura e Meio Ambiente, e também da Santa Casa, Unicastelo e FEF, e com a articuladora da Atenção Básica da Diretoria Regional de Saúde – DRS XV para discutir estratégias de combate ao mosquito e reforçar as medidas de prevenção, monitorando caso a caso, suspeitos e/ou positivos notificados.
COMBATE AO MOSQUITO
De janeiro a dezembro de 2.013 foram registrados no município 1.793 casos positivos, enquanto no mesmo período de 2.014, o número baixou para 201 casos.
No ano passado, além do trabalho permanente da Saúde, e do projeto Cidade Limpa, a prefeitura promoveu um Arrastão de Limpeza no mês de Setembro que recolheu cerca de 33 caminhões com recipientes que poderiam servir de criadouro do mosquito.
Para este ano, a prefeita Ana Bim já confirmou a realização do projeto Cidade Limpa, parceria com a TV TEM, em Fernandópolis. A ação está prevista entre os dias 06 e 30 de Abril.
TODO CUIDADO É POUCO
Além dos trabalhos realizados pela administração municipal, para combater a dengue é preciso que a população faça sua parte, mantendo sua casa livre de recipientes que possam servir de criadouros do mosquito.
É importante descartar latas, garrafas, sacos e copos plásticos, embalagens, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos e evitar o acúmulo de água em vasinhos de plantas, jarros de flores, manter limpos e fechados caixa d’ água, tambores, latões, cisternas, entre outros. Nenhuma medida é totalmente eficaz sem a participação, conscientização e a sensibilização da população.
NOVAS MORTES
Mais quatro pessoas morreram após contrair dengue no interior do Estado, elevando para ao menos 50 os óbitos relacionados à doença.
Em Marília, cidade do centro-oeste paulista, uma psicóloga de 64 anos morreu na madrugada desta sexta-feira (27). O atestado de óbito menciona queda de temperatura, hipertensão e dengue como causas da morte. A doença tinha sido diagnosticada na segunda-feira (23).
Em Penápolis, na região noroeste do Estado, a Secretaria de Saúde confirmou a quinta morte por dengue. Um idoso de 89 anos morreu na quinta-feira (26), na Santa Casa local. A causa da morte foi confirmada porque o paciente estava internado havia quatro semanas e já tinha passado pela investigação epidemiológica.
A prefeitura de Limeira confirmou, também na quinta-feira, mais duas mortes de pacientes com dengue, embora ainda falte a confirmação oficial. Uma mulher de 39 anos morreu no Hospital Humanitária e a outra vítima estava internada no Hospital Unimed.
Josanie Branco-Jornal O Extra