O município de Fernandópolis pode registrar nos próximos dias o primeiro caso de leishmaniose em cães domésticos criados na cidade.
Na semana passada uma cadela de 11 anos foi sacrificada pela Clinica Veterinária da Universidade Camilo Castelo Branco ao detectar em um exame de sangue, a leishmaniose.
A coleta do material foi feita na própria clinica e encaminhada ao Laboratório Pardini em Belo Horizonte-MG. Após resultado positivo o animal foi sacrificado segundo a médica veterinária responsável pela Clinica, Adriana Novaes.
Adriana informou que o animal, bem cuidado, não apresentava todos os sintomas da leishmaniose, apenas uma leve perda de pêlo ao redor de um dos olhos. Para ela a existência de um caso já é alarmante e há necessidade de uma prevenção em torno da doença.
O material da cadela também foi colhido pelo Centro de Controle de Zoonoses do Município de Fernandópolis e enviado ao Instituto Adolfo Lutz em São Paulo para uma análise oficial.
O médico veterinário responsável pelo CCZ, Mileno Tonissi, disse que o município não reconhece exames de outros laboratórios e aguarda uma posição do Adolfo Lutz que deverá acontecer em até 30 dias.
“Para nós ainda não é motivo de alarme, mas sem o resultado for confirmado, ai sim teremos que agir e coletar amostra de sangue de aproximadamente 100 cães na região onde vivia a cadela que foi sacrificada”.
Segundo ele, nenhum caso de leishmaniose foi registrado na cidade, apenas em cães que vieram de outros município, mas como até agora não foi encontrado o mosquito palha, que transmite a doença, a Vigilância Sanitária poderá ficar em estado de alerta.
Um cão está, suspeito de contrair a doença, está em observação no Centro de Zoonoses e aguarda um resultado de exame para ser sacrificado. O animal “Salsicha” apresenta todos os sintomas da leishmaniose que é: emagrecimento, queda de pêlo, feridas persistentes na pele que não cicatrizam, lesões oculares, fraqueza geral e apatia, febres irregulares, crescimento exagerado das unhas, aumento do fígado e baço.
