De janeiro até o mês de setembro, Fernandópolis registrou 16 casos de catapora, com maior incidência no mês de fevereiro com o registro de sete casos. No entanto, é nesta época do ano, final do inverno e início da primavera que ocorrem maior número de casos. No ano passado, por exemplo, Fernandópolis registrou 712 casos da doença, mais de 200, só nesta época. Aumento de mais de 1.000% em comparação com 2012 que registrou 59 casos. Na região houve casos de morte por catapora no ano passado.
Para não repetir os números de 2013 e manter a doença sob controle já há orientação passada pela Secretaria de Saúde para que crianças com catapora só devam retornar a escola após todas as lesões tenham evoluído para crostas.
A catapora é doença típica da primavera e atinge principalmente crianças, diz a médica pediatra de Fernandópolis, Lucilene Onibeni. Mas adultos infectados com o vírus requerem cuidados especiais, sobretudo se tiverem outras doenças associadas, pois eleva o risco de complicações.
Altamente contagiosa, a patologia caracteriza-se pela presença de febre moderada e de pintas vermelhas espalhadas em todo o corpo, que evoluem para crostas, até a cicatrização. Durante esse período, os sintomas são parecidos com os de um resfriado: febre e mal estar. A catapora é transmissível mesmo sem ter aparecido na pele.
Segundo a médica, após a contaminação, deve-se procurar assistência médica e manter o resguardo em casa, com descanso e higiene adequada. “Crianças sem disfunção imunológica não precisam tomar nenhuma medicação especial. O ideal é lavar as lesões com sabão normal durante o banho, secar, não fazer uso de nenhum tipo de pomada e não fazer curativo”, explica Lucilene Onibene.
Os locais de maior contaminação do vírus em crianças são as escolas e creches.
Por isso, a orientação sobre a contaminação que varia de 1 a 2 dias antes da erupção até 5 dias após o surgimento do primeiro grupo de vesículas. Enquanto houver vesículas, a infecção é possível. A médica alerta para não ser fazer uso de automedicação, principalmente, os medicamentos que contenham na sua composição o ácido acetilsalicílico (AAS).
A vacina contra a catapora é a forma mais segura de prevenir a doença. A tetra viral – que também protege contra caxumba, rubéola e sarampo – é aplicada em crianças com 15 meses, após ter recebido a tríplice aos 12 meses.
Jornal Tá Na Mão