quarta, 30 de outubro de 2024
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Fernandópolis está entre as 15 cidades com mais homicídios na década

A região de Rio Preto registrou 1.210 homicídios na década. Em termos matemáticos, significa que, em média, acontece uma morte a cada três dias. Na prática, milhares de familiares das…

A região de Rio Preto registrou 1.210 homicídios na década. Em termos matemáticos, significa que, em média, acontece uma morte a cada três dias.

Na prática, milhares de familiares das vítimas tiveram o cotidiano transformado bruscamente pela violência. O ano passado aparece, em todo o período pesquisado, como o segundo mais violento, com 125 óbitos na região. Em primeiro lugar está 2002, com 143.

Os dados, da Secretaria de Estado da Segurança Pública, foram compilados entre janeiro de 2001 e junho de 2011 e deixam uma certeza: localidades de pequeno porte não estão livres desse crime contra a vida. Das 105 cidades que compõem a região, 92 registraram homicídios na década, sendo que 20 delas tiveram pelo menos dez mortes violentas.

Treze municípios não tiveram ocorrência do tipo. Rio Preto (até por ter a maior população: 408 mil), é responsável por um terço dos casos – 353. A segunda cidade em que mais se morre de homicídio é Catanduva, com 85. Depois, Barretos (76), Votuporanga (48) e Pereira Barreto (42).Fernandópolis ocupa a sétima colocação, com 37 homicídios na década

“É simplista acreditar que a maioria dessas mortes está ligada ao tráfico de drogas. O maior potencializador de agressões graves, inclusive mortais, é o álcool. O homicídio decorre de conflitos mal resolvidos entre as pessoas”, explica o especialista em segurança José Vicente de Carvalho Filho. Para ele, há uma cultura de violência instalada no Brasil. “Existe o senso comum de que certos assuntos devem ser resolvidos na base da porrada.”

Segundo o delegado-seccional Joseli Donizete Curti, são várias as motivações. “Brigas de momento, crimes passionais, desentendimentos entre familiares e envolvimento em crimes e entorpecentes. Tudo está ligado à falta de tolerância e diálogo.” Curti afirma que não há explicação para os crimes ocorridos em 2001 e 2002, os anos mais violentos do período, em Rio Preto, com 50 e 45 homicídios. “Às vezes, oscila um pouco, mas estamos estabilizados. E é claro: trabalhando para reduzir esses números.”

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