terça-feira, 22 de outubro de 2024
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Fernandópolis depende do aquífero Guarani para abastecimento de água

A cidade de Fernandópolis, no interior de São Paulo, depende integralmente do aquífero Guarani para garantir o abastecimento de água para sua população de 73 mil habitantes. No entanto, uma…

A cidade de Fernandópolis, no interior de São Paulo, depende integralmente do aquífero Guarani para garantir o abastecimento de água para sua população de 73 mil habitantes. No entanto, uma pesquisa recente do Instituto de Geociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp) aponta que a reposição de águas do Aquífero Guarani está abaixo do necessário para garantir a manutenção da quantidade disponível no reservatório.

O estudo, conduzido pelo pesquisador Didier Gastmans, do Centro de Estudos Ambientais da Unesp Rio Claro, revelou que a recarga do aquífero, que se estende por áreas do Sul e Sudeste do Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina, não está sendo suficiente para repor o montante de água que sai do reservatório.

“Sempre existiu uma falsa ideia de que todas as áreas de afloramento do Aquífero Guarani fossem também áreas de recarga para as regiões confinadas e mais profundas do aquífero. Mas nosso estudo apontou que a recarga que ocorre nas áreas de afloramento contribui fundamentalmente para a manutenção do sistema hidrológico local”, explicou Gastmans.

A exploração excessiva do aquífero, combinada com secas prolongadas no contexto da emergência climática, pode comprometer sua capacidade de sustentar o fluxo dos rios e nascentes, exacerbando crises hídricas como as que ocorreram no Estado de São Paulo.

A Agência de Águas do Estado de São Paulo (SP Águas) informou que monitora todos os estudos relacionados à recarga do Aquífero Guarani e dos demais corpos d’água do estado, e que a gestão do aquífero é realizada de maneira integrada com outros recursos hídricos, visando garantir o equilíbrio entre as demandas de uso e a preservação ambiental.

A captação de água no estado de São Paulo se concentra em fontes superficiais (rios e lagos), sendo a captação em poços profundos, que acessam o Aquífero Guarani, a menor parcela do total dos recursos hídricos. Toda captação de água no estado está sujeita à outorga, concedida somente após criteriosa análise técnica.

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