Fernandópolis deu um importante passo na disputa por uma UEP – Unidade de Educação Profissionalizante – do IFSP – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo – com a aprovação do projeto de lei 73/2013, que dispõe sobre a desafetação do prédio da antiga cozinha piloto e autoriza sua alienação por meio de doação ao instituto.
Com isso, Fernandópolis se credenciou a receber a unidade e agora disputa a benfeitoria com outras cidades do Brasil. A UEP é uma espécie de campus de pequeno porte, onde o IFSP se instala e oferta cursos, inicialmente técnicos, podendo se estender a cursos superiores. Uma espécie de universidade federal em Fernandópolis.
A proposta do governo federal, segundo o professor do IFSP, Evandro de Araujo Jardini, um dos precursores do projeto, é de até o final deste mês soltar uma lista com as cidades que disponibilizaram o terreno, como fez Fernandópolis, para a implantação das unidades até fevereiro de 2014.
“Existe uma lista de cidades disputando essa unidade. Fernandópolis já fez o dever de casa e, bem feito. Nós nos credenciamos a receber essa Unidade Educacional Profissionalizante. Agora existe mais uma etapa que é a autorização para a instalação em Fernandópolis. Eu e os meus colegas Marcelo Murari e Eduardo de Bieri estamos trabalhando muito, de dentro do instituto, pois trabalhamos lá, para que isso se torne uma realidade”, explicou o professor.
Se o projeto for concretizado, uma audiência pública deverá ser realizada para a escolha dos cursos. O instituto contará ainda com o Pronatec, um programa do governo federal que oferece qualificação profissional e ainda paga para os estudantes dos cursos técnicos.
IFSP
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo – IFSP – é uma autarquia federal de ensino. Fundada em 1909, é reconhecida pela sociedade paulista por sua excelência no ensino público gratuito de qualidade. Durante seus 103 anos de história e com a transformação em Instituto, em dezembro de 2008, passou a ter relevância de universidade, destacando-se pela autonomia.
Com a mudança, o Instituto Federal de São Paulo passou a destinar 50% das vagas para os cursos técnicos e, no mínimo, 20% das vagas para os cursos de licenciatura, sobretudo nas áreas de Ciências e da Matemática. Complementarmente, continuará oferecendo cursos de formação inicial e continuada, tecnologias, engenharias e pós-graduação.
Também existem os cursos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) foi criado pelo Governo Federal, em 2011, com o objetivo de ampliar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica.
O IFSP é organizado em estrutura multicampi e possui aproximadamente 22 mil alunos matriculados nos 28 campi e 20 polos de educação a distância divididos pelo estado de São Paulo.
O IFSP apoia muito a pesquisa. Há bolsas de ensino para os alunos possam desenvolver projetos no formato de iniciação científica. Como alguns exemplos na área de informática de aplicação oriundas de projetos de pesquisas têm-se projetos e construção de robôs, programas para mineração de dados para apoio de tomadas de decisões nas empresas.
Na área de química existem pesquisas para o estudo de biocombustíveis. Em gestão, possui estudos de metodologias para auxiliar a administração de empresas, uso do marketing para o melhor relacionamento com o cliente.
Há também o programa do Hotel de Projetos que funciona como uma pré-incubadora. Seu objetivo é apoiar o desenvolvimento de projetos experimentais de Inovação desenvolvidos no IFSP. A área de abrangência dos cursos do Instituto Federal é vasta.