sábado, 23 de novembro de 2024
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Fernandopolenses se separam de maridos por causa de ronco

Duas Mulheres de Fernandópolis e uma da região de Jales se separaram dos esposos em virtude do ronco. Os divórcios foram consensuais. Foram processos raros que chagaram ao Judiciário, mas…

Duas Mulheres de Fernandópolis e uma da região de Jales se separaram dos esposos em virtude do ronco. Os divórcios foram consensuais.

Foram processos raros que chagaram ao Judiciário, mas as estatísticas indicam uma tendência para provocar as separações. Estas estatísticas são engraçadinhas e é assim que a gente lida com ronco: fazendo piada. É uma abordagem quase universal na sociedade ocidental – até porque roncar é comum demais. Quase metade dos homens de meia idade roncam, e até um quarto das mulheres também.

O recorde mundial de ronco mais alto já gravado é de 92 decibéis. Uma conversa, em geral, chega a 60 dbs. Um aspirador de pó, 70 dbs. O ronco está mais próximo de um trator (98 dbs) ou de uma serra elétrica (100 dbs).
Levar roncos muito a sério seria dar murro em ponta de faca… Se não fosse por dois motivos. O primeiro é de saúde.

O ronco aparece quando, durante o sono, suas vias aéreas ficam semiobstruídas, a língua “desce” em direção à garganta, a boca abre e gera as vibrações – que incomodam todo mundo, menos o próprio roncador.

Muitas vezes, tudo isso é “benigno”, sem relação a nenhum problema de saúde. Mas, em alguns casos, pode ser causado por apneia do sono – quando a obstrução leva a pessoa a parar de respirar várias vezes. E isso precisa ser investigado.

Já o segundo motivo é emocional: roncar é um fator de risco, bem mais alto do que você imagina, para o divórcio. Segundo especialistas, ele fica em terceiro lugar, depois de infidelidade e das finanças. Uma pessoa com apneia do sono “acorda” toda vez que perde o ar, mas não percebe.

Isso pode acontecer mais de 300 vezes em uma noite, o que significa que ela não consegue descansar. Mas pelo menos é um sofrimento que ela não percebe. Já quem dorme com ela…

Como tratamentos definitivos para ronco (principalmente não-apneico) ainda não existem, muitos casais escolhem dormir em quartos separados. Psicólogos chamam isso de “divórcio do sono” – e ele é um golpe pesado na intimidade do casal.

Não só sexual, aliás: o momento antes de dormir é geralmente usado para fazer planos, tomar decisões e resolver problemas.

Com um impacto tão grande na vida pessoal, é curioso pensar que só 10% das pessoas com apneia do sono são diagnosticadas e tratadas. E é nessa parte que o parceiro não-roncador (por mais irritado e cheio de sono que esteja) pode agir.

Se tudo falhar, tem sempre novas startups testando novos travesseiros, aplicativos e gadgets para, pelo menos, terceirizar a tarefa de acordar o roncador quando a coisa fica feia, ou cancelar o barulho com frequência sonora.

Só não deixe o problema virar só piadinha: ter que ouvir mais de 40 dbs à noite já é considerado poluição sonora pela OMS.

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