terça, 26 de novembro de 2024
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Fernandopolense vítima da Aids dará nome a Centro de Diversidade

O Centro de Referencia e Defesa da Diversidade (CRD) passou a se chamar Centro de Referência a Diversidade Brunna Valin. O nome é uma homenagem à militante e ativista das…

O Centro de Referencia e Defesa da Diversidade (CRD) passou a se chamar Centro de Referência a Diversidade Brunna Valin. O nome é uma homenagem à militante e ativista das causas LGBTQI+ e HIV/Aids de São Paulo que faleceu dia 1 de junho de 2020.

Brunna era natural de Fernandópolis. Aos 15 anos foi morar em São José do Rio Preto, onde se aproximou do Grupo de Amparo ao Doente de Aids (GADA), atuando como voluntária. Cursava Ciências Sociais e no movimento HIV/Aids, em 2009, atuou como orientadora socioeducativa no Centro de Referência e Defesa da Diversidade.

Brunna, como mulher trans, atuou em movimentos em todo estado de São Paulo. Esteve à frente do Grupo Pela Vidda de São Paulo e também foi vice-presidente do Conselho Municipal de Saúde de São Paulo. Brunna Valin era uma ativista travesti solidária e vigorosa. Sempre disponível a lutar pela construção de um mundo mais justo para população LGBTI, sobretudo para travestis e transexuais. Brunna nunca temeu enfrentar o mundo e as injustiças como travesti, pessoa vivendo com HIV e, nos últimos anos, enfrentando um câncer violento, ela não recuava e não desistiu.

Seu propósito de vida era claro, ela dizia que as pessoas transgênero não queriam direitos à parte, “não queremos nenhum direito a mais, queremos direito igual ao de todos, queremos ser reconhecidas enquanto pessoas, não por uma sigla, nem por uma identidade, nem por uma orientação, mas sim por seres humanos. Antes de ser transexual ou de ser o que quer que seja, eu sou a Brunna.”

“Brunna Valin era uma pessoa única. Uma guerreira que estava sempre com sorriso no rosto, mesmo quando era para reivindicar por políticas públicas. Sabia o valor da vida e a importância de viver cada dia na luta pelos que mais precisavam! Bruna viva sempre!”, explicou Cássio Rodrigo, do Departamento de Educação em Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo.

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