O técnico do Palmeiras, Luiz Felipe Scolari, contou nesta quinta-feira que se inspira no passado para trabalhar com o atacante Dudu.
Depois de o time bater o Bahia por 1 a 0 e se classificar para a semifinal da Copa do Brasil, o treinador revelou que busca resgatar o futebol do jogador com base no antigo vínculo dos tempos de Grêmio para motivá-lo a buscar mais títulos.
No jogo no estádio do Pacaembu, em São Paulo, o atacante marcou o gol da vitória e correu para abraçar Felipão para comemorar. Os dois têm uma ligação desde 2014, quando trabalharam juntos no Grêmio durante o segundo semestre daquele ano. “Ele é um menino que tem minha confiança sempre. Temos esse ambiente muito bom com o Dudu. Eu vinha cobrando para que ele fizesse um gol e fez” afirmou o treinador.
Felipão se lembrou que logo nos primeiros dias de trabalho no Grêmio, encontrou um Dudu desmotivado e na reserva. O auxiliar do técnico, Flávio Murtosa, deu uma bronca no atacante. A atitude deu resultado. O jogador evoluiu, adquiriu entrosamento com o meia Zé Roberto e ao final daquela temporada, foi disputado pelos três grandes da capital paulista, até se transferir para o Palmeiras.
A mesma atenção e cuidado o técnico demonstrou no Palmeiras, em 2018. Felipão encontrou Dudu em baixa, criticado pela torcida e um pouco desanimado após a diretoria ter recusado uma proposta do Shandong Luneng, da China, por ele. “O Dudu falava às vezes em sair. Mas eu estou tentando mostrar para ele que se quiser sair no futuro, tem que sair, sim, mas com mais dois ou três títulos pelo Palmeiras, porque será mais valorizado para onde for”, disse.
O futebol chinês também procurou Dudu outras vezes neste ano. O técnico afirmou que por ter trabalhado durante três temporadas no Guangzhou Evergrande, conhece bem o futebol e estará ciente de possíveis oportunidades a aparecerem. “Se for para sair para a China, vou participar dessa situação. Sou bem quisto na China. Quem for contratar algum jogador, vai me pedir informações”, afirmou.
Nos últimos dias, a China também procurou o Palmeiras para tentar levar outro profissional. Um clube da segunda divisão fez proposta pelo auxiliar técnico de Felipão, Paulo Turra. O treinador, porém, não o liberou e pediu para que continuasse com o trabalho no time paulista.