quarta, 15 de janeiro de 2025
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FEF assina parceria com banco para programa de crédito estudantil

O programa Pra Valer vai financiar 50% do valor das mensalidades. O presidente da Fundação Educacional de Fernandópolis, Luiz Vilar de Siqueira, anunciou durante entrevista coletiva na instituição um convênio…

O programa Pra Valer vai financiar 50% do valor das mensalidades.

O presidente da Fundação Educacional de Fernandópolis, Luiz Vilar de Siqueira, anunciou durante entrevista coletiva na instituição um convênio com o banco Ideal Invest para disponibilizar um programa de crédito educativo para financiamento das mensalidades. O Pra Valer já entra em vigor em dez dias e poderá ser utilizado por alunos de todos os cursos de graduação da FEF.

O crédito financia 50% do valor da mensalidade, esteja o aluno em qualquer semestre do curso. Depois de formado, o profissional tem o mesmo tempo que utilizou o crédito para saldar o financiamento com o banco. Logo, se o universitário utilizou o crédito durante quatro anos, terá quatro anos depois de formado para pagar a dívida. A FEF vai auxiliar esses alunos ajudando a saldar parte dos custos com os juros. A previsão é de que pelo menos 20% dos alunos que hoje estão inadimplentes façam a adesão ao plano.

“As instituições de ensino superior passam por uma crise séria por causa da inadimplência. Essa situação foi causada tanto pelo aumento no número de faculdades como pela queda no poder aquisitivo da população. Chegamos a uma situação onde há um grande número de alunos querendo estudar que não têm dinheiro para bancar o curso todo”, explicou Vilar ao apresentar as razões que levaram à nova parceria.

Ele acrescentou que a renda familiar aproximada de uma família de classe média era de R$ 2.200 em 2004, mas que a previsão para 2007 é que esse valor caia para até R$ 1.700. “Uma das primeiras coisas que o cidadão deixa de pagar é a escola. E a faculdade, que precisa pagar todos os salários de professores e funcionários em dia, acaba numa situação muito difícil”, acrescenta o presidente da FEF. Vilar disse ainda que a cada cem alunos que ingressam na faculdade, apenas 42 terminam o curso e destes, apenas 25 com as contas em dia com a instituição.

Segundo dados levantados pela faculdade, 15% dos alunos param de estudar por semestre e dentre eles, 80% abandonam os cursos por dificuldades econômicas. Ao mesmo tempo, a estrutura montada pela faculdade tem que ser mantida o período todo, inclusive atendendo determinações do MEC como 40% corpo docente formado por mestres e doutores, que ganham uma hora aula mais cara.

E para enfrentar a concorrência, as faculdades estão tendo que investir cada vez mais em marketing, buscando o aluno de fora. Em 2003, a FEF gastou em média R$ 172 por aluno na sua campanha de vestibular, desde o primeiro contato com divulgação até que ele efetuasse sua matrícula, incluindo custos com transporte para as provas e alimentação. Neste ano, as contas já mostram que esse valor chega a R$ 450 por aluno que venha a se matricular.

“Além disso, temos um agravante que são as bolsas de estudo. O governo federal criou o ProUni para que alunos de baixa renda pudessem estudar de graça. O objetivo é ótimo. Mas quase ninguém sabe que a faculdade não recebe nada de contrapartida. Então, os 460 alunos que estão na FEF hoje pelo ProUni, estudam por conta da instituição. É diferente do Programa Escola da Família, do governo do Estado. Neste, os alunos não pagam mensalidade, mas o governo reembolsa a instituição”, disse Vilar.

Os alunos interessados em aderir ao Pra Valer já poderão procurar a faculdade dentro de dez dias, junto a uma equipe especialmente treinada para tratar do assunto. Para participar do Pra Valer, basta que o universitário esteja matriculado na instituição e apresentar um comprovante de renda ou um avalista. A FEF já iniciou estudos para ampliar o programa para cursos técnicos e de pós-graduação, mas por enquanto apenas alunos dos cursos de graduação poderão aderir ao crédito.

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