O senhor Cléber Valmir Flores, fazendeiro de Caverá, em Alegrete, Rio Grande do Sul, conviveu com o perigo sem saber por 10 anos.
Segundo depoimento, ele foi dar sal ao gado e encontrou um estranho artefato, bem pesado. Resolveu levar para casa no porta-malas de seu Fusca. Há quatro anos, encontrou uma função para aquilo: como era pesado, servia para prender a porta do galinheiro. Até que o cunhado de Cléber, que havia servido nas Forças Armadas, desconfiou do objeto e acionou os militares.
Segundo Luis Sérgio da Costa Souto, comandante do 10º Batalhão Logístico de Alegrete, tratava-se de uma granada de 5 kg, usada como munição de tanques de guerra. “É uma granada provavelmente de artilharia e ela estava muito oxidada, sem as inscrições visíveis do lote ou do ano de fabricação”, disse Costa Souto ao G1. A granada foi detonada por especialistas.
“Não explodiu aqui porque não era pra explodir, não é? Deus tava me olhando”, afirmou o fazendeiro.