quarta-feira, 23 de outubro de 2024
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Farsa é aprimorada em busca de vítimas

Empresário passou mais de 4h no telefone com os supostos seqüestradores do filho, que exigiam R$ 15 mil Ao longo dos últimos meses o Diário tem feito uma série de…

Empresário passou mais de 4h no telefone com os supostos seqüestradores do filho, que exigiam R$ 15 mil

Ao longo dos últimos meses o Diário tem feito uma série de reportagens exclusivas sobre todos os tipos de tentativas de golpes praticados por criminosos em Votuporanga e região, realizadas por meio de ligações telefônicas. No entanto, sempre surge um novo modo de enganar as vítimas, e os “trotes” estão cada vez mais convincentes.

Os casos registrados em meados do ano passado variavam entre o golpe da premiação – cuja vítima, para receber o suposto prêmio anunciado pelos criminosos, teria que comprar cartões de recarga para celulares e passar os códigos – e o falso acidente de trânsito, que sempre envolvia algum familiar da pessoa que atendia os telefonemas feitos na maioria das vezes a cobrar. A partir das informações que os golpistas conseguiam através das ligações, a história então mudava para um seqüestro do parente, em busca de dinheiro ou de créditos para celulares, que conforme a Polícia, pertencem a presidiários.
Inovação.

Na madrugada do último dia 3, o empresário votuporanguense J.A.B., 47, foi vítima de um golpe mais ousado e viveu junto com a esposa e suas duas filhas, aproximadamente 4 horas de terrorismo. Tudo começou conforme ele disse, quando seu filho de 20 anos, que estuda fora e está passando férias na cidade, chegou em casa por volta das 0h daquele dia, pegou sua carteira e saiu com um dos carros da família, que assistia filme na sala.

Cerca de 15 minutos depois, o telefone da residência tocou, e ao atender, o empresário apenas ouviu um grito de um rapaz que dizia: “Pai pelo amor de Deus me ajuda”. Diante do pedido de socorro, J.A.B. contou que só deu tempo de pronunciar o nome do filho no telefone e perguntar o que estava acontecendo, quando a ligação foi encerrada. Desesperado, pensando que o filho tivesse sofrido algum acidente na rodovia, a vítima conta que logo em seguida recebeu uma outra ligação, desta vez a cobrar, sendo informado por criminosos – que se intitularam integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) – que seu filho havia sido seqüestrado e que eles queriam R$ 15 mil pela vida do garoto. “Eles diziam que eu era quem ia decidir se meu filho ia viver ou morrer”, contou emocionado.

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