

As famílias de dois dos quatro homens assassinados no Paraná após viajarem para cobrar uma dívida pedem mais rigor nas investigações e na localização dos suspeitos foragidos. Três das vítimas — Robishley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalchi e Diego Henrique Afonso — saíram de São José do Rio Preto (SP) e região para se encontrar com o quarto cobrador, Alencar Gonçalves de Souza, em Icaraíma (PR).

Os corpos dos quatro homens, todos com marcas de tiros, foram localizados em 18 de setembro, cobertos por plantas, a cerca de 650 metros da picape que usaram na viagem, achada dias antes em um “bunker” na mesma região.
Suspeitos estão foragidos há mais de dois meses
Os principais suspeitos do crime são Antonio Buscariollo, de 66 anos, e seu filho, Paulo Ricardo Costa Buscariollo, de 22. Eles estão foragidos desde 6 de agosto, após prestarem depoimento à polícia sobre o caso e serem liberados. A Polícia Civil do Paraná suspeita que a dupla tenha armado uma emboscada no momento em que os cobradores foram exigir o pagamento de uma dívida de R$ 255 mil relativa à venda de uma propriedade rural.
Apesar de mais de dois meses de investigação, a Secretaria de Segurança Pública do Paraná informou que não há novidades sobre o paradeiro dos suspeitos.
Esposas relatam medo e dificuldade de viver o luto
As esposas de Robishley e Rafael, que eram de São José do Rio Preto, relatam a dor da incerteza. Denise Cristina Pereira, esposa de Robishley, diz que vive com medo pela própria vida e de seus familiares, já que os suspeitos estão em liberdade.
“É uma sensação de impunidade e medo porque sabemos do que eles [suspeitos] são capazes, e, às vezes, só estão esperando abafar o caso para se vingar da gente”, disse Denise, mãe de uma menina de oito anos e um bebê de apenas 10 meses.
Meire de Souza, esposa de Rafael, relata a dificuldade de viver o luto: “É triste porque ainda não vivemos o luto e sofremos muito por não ter respostas. Os bandidos parecem que somos nós, pois vivemos com receio e eles [suspeitos] soltos”. Ela conta que o contato com a Polícia Civil do Paraná tem sido frustrante, recebendo apenas a resposta de que o caso está “sob investigação”.
Os corpos das vítimas foram sepultados na região de São José do Rio Preto em 21 de setembro. A polícia segue as diligências para localizar os suspeitos e esclarecer totalmente o crime.













