sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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Famílias brasileiras aumentam consumo nos mercados

Famílias brasileiras aumentaram o volume de produtos nos carrinhos de compra em 7,8% a cada ida ao supermercado nos últimos 12 meses. As informações foram levantadas no recente estudo ”Consumer…

Famílias brasileiras aumentaram o volume de produtos nos carrinhos de compra em 7,8% a cada ida ao supermercado nos últimos 12 meses. As informações foram levantadas no recente estudo ”Consumer Insights Q1 2024”, realizado pela Kantar. A análise comparou o consumo entre março de 2023 e março de 2024, e identificou um crescimento expressivo nas categorias de “sabor e prazer”.

Os itens de bazar, entre os analisados, apresentaram um crescimento de 9,9%, seguidos por bebidas e doces, com aumentos de 9,4% e 9,3%, respectivamente. Produtos salgados (7,7%) e de higiene e beleza (5,3%) também tiveram crescimento significativo.

O diretor de contas da Kantar, Renan Morais, apontou dois fatores principais para o aumento do consumo doméstico. Primeiro, houve uma mudança no comportamento de compra, com menos idas ao supermercado, mas carrinhos mais cheios em cada visita: “As pessoas estão espaçando mais as compras, enchendo mais o carrinho a cada visita em intervalos maiores”.

Cenário macroeconômico favorável
Para o especialista, além dos fatores já citados, um cenário macroeconômico mais favorável, com menor inflação, baixo desemprego e iniciativas para fortalecimento de renda das classes mais baixas, tem contribuído para o aumento do consumo.

“Estamos observando que as classes C, D e E estão acessando mais categorias como chocolates, salgadinhos, refrigerantes e cervejas. Há uma maior busca por essas categorias, que anteriormente tinham um papel mais complementar na cesta de compras”, afirmou.

Vale ressaltar, no entanto, que, apesar do aumento geral no consumo, as dificuldades enfrentadas pela população vulnerável persistem.

Alimentos de sabor e prazer
O estudo também revela que o consumo de alimentos de “sabor e prazer” ganhou relevância desde o fim da pandemia, representando 17,1% das escolhas de consumo em 2024, comparado a 8,4% em 2020.

No entanto, essa mudança não substituiu os produtos básicos de alimentação. “O consumidor não está abdicando do arroz e do feijão. Ele está ousando consumir novos sabores e priorizando a praticidade”, disse Morais.

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