sábado, 21 de setembro de 2024
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Família recebe serragem no lugar de corpo de bebê

Uma família recebeu serragem no lugar do corpo de um natimorto após um parto de emergência em um hospital de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná. O caso é…

Uma família recebeu serragem no lugar do corpo de um natimorto após um parto de emergência em um hospital de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná. O caso é investigado pela Polícia Civil, que começou a colher depoimentos nesta terça-feira (2).

As imagens foram registradas pela tia quando ela e a avó do bebê, na presença do serviço funerário, abriram um saco branco entregue pelo hospital.

O caso aconteceu no sábado (30). De acordo com a família, a mãe no sexto mês da gestação deixou a cidade de Imbaú para buscar atendimento no município após complicações.

Ela passou por um parto de emergência, mas a pequena Helena já nasceu sem vida.

Por conta do abalo do casal, de 18 e 19 anos, a avó e a tia paterna se responsabilizaram por organizar o sepultamento da criança. Elas foram até o hospital fazer a retirada do corpo do necrotério, mas estranharam o pacote branco totalmente lacrado.

“A gente foi numa salinha do hospital que tinha três bercinhos e um pacote branco. Só que eu não vi nada, achei que só tinha o berço, até achei que o pacote era o travesseirinho do bercinho. Estava o recepcionista e perguntei cadê o bebê. Ele olhou para mim e falou mas você está achando que é grande o bebê?, e apontou com o dedo o pacote, branco, tipo quadrado bem lacrado. Daí eu falei que eu queria pedir para ele abrir o pacote, e ele falou eu não toco. […] Eu estava muito nervosa ainda mais de ver o bebê, não lembro de mais nada”, contou a avó.

Durante todo o tempo, a avó esteve acompanhada da tia paterna de Helena e também de um funcionário do serviço funerário contratado em Imbaú.

Abertura do pacote
No necrotério, a família fez a retirada do saco e seguiu viagem para realizar o sepultamento em Imbaú. Quando chegaram, avó e a tia, junto à funerária, fizeram a abertura do pacote para que a bebê pudesse ser preparada para o sepultamento.

Foi quando a família descobriu que o corpo do bebê não estava lá.

“Quando meu cunhado saiu da funerária foi esse tempo que minha sogra falou vamos aproveitar e ver. A gente queria ver o rostinho. Queria ter aquele adeus com ela. Aí a gente pediu para ele estar abrindo lá, foi a parte que eu gravei. Só tinha serragem, não tinha o corpo da minha sobrinha, tinha papel de bala, era lixo, não é humano isso”, desabafou a tia Julie Glufka.

O hospital foi acionado por telefone e, depois de algum tempo, a família foi informada que Helena continuava na instituição. Tia e avó retornaram a Ponta Grossa. A Polícia Militar foi acionada e acompanhou o processo de retirada do corpo do local.

Por nota, a Unimed, responsável pelo hospital, afirmou que “equivocadamente o corpo da recém-nascida não foi retirado do necrotério e permaneceu lá até o fim da tarde” do mesmo dia. Disse ainda que se compadece da dor da família e que presta esclarecimentos à polícia.

Helena foi sepultada ainda na noite de sábado.

Investigação
Nesta terça, a Polícia Civil começou a ouvir testemunhas e familiares no inquérito aberto para apurar o caso. A tia, a avó e também o serviço funerário já prestaram depoimento.

De acordo com o delegado, durante a tarde, a polícia vai ouvir também representantes do Hospital Geral da Unimed sobre o caso.

A Polícia Civil afirmou que não vai se pronunciar até que toda a apuração seja feita.

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