sábado, 23 de novembro de 2024
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Família protesta após criança morrer com picada de escorpião

A família de Pietra Teixeira do Nascimento Reis, de nove anos de idade, que faleceu na madrugada de sexta feira (6) após ser picada por um escorpião em sua residência,…

A família de Pietra Teixeira do Nascimento Reis, de nove anos de idade, que faleceu na madrugada de sexta feira (6) após ser picada por um escorpião em sua residência, na chácara São Matheus, em Aparecida do Taboado (MS) realizou neste domingo (08) uma manifestação em frente a unidade do Pronto Socorro da cidade, os familiares acusam de negligência as autoridades de saúde da cidade, principalmente pela unidade não contar como o soro antiescorpiônico.

A fatalidade se incia quando a menina foi picada na madrugada de quinta feira (05), e chamou pela avó as 4h30 avisando que tinha sido picada por um inseto. Momentos depois familiares foram até o quarto e encontraram um escorpião debaixo do travesseiro da neta. Pietra começou a ter vômitos e foi levada ao Pronto Socorro Municipal, dando entrada às 05h00.

Familiares foram informados que no local não havia soro antiescorpiônico e então foi solicitada transferência para Três Lagoas (MS), mas às 07h40, o pai da criança, Patrick do Nascimento Reis, decidiu buscar socorro em Santa Fé do Sul (SP).

Como foram os primeiros atendimentos a paciente

A enfermeira, responsável técnica da UPA-24 horas de Santa Fé do Sul, Eva Cecilia Samartino acompanhou a equipe médica da unidade desde a entrada da paciente de 9 anos e relatou todos os procedimentos realizados pela unidade de emergência.

A menina foi transferida para a UPA de Santa Fé do Sul, diante de um quadro moderado de gravidade clínica da paciente que chegou às 8h05, apresentava visão turva, vômitos, pele fria, pegajosa, taquicardia (aumento da frequência cardíaca acima dos 100 batimentos por minuto) taquipneia (respiração acelerada), foi avaliada pela equipe médica, foi iniciada ministração de corticoide e imediatamente aplicadas ampolas de soro antiescorpiônico.

Quarenta minutos após aplicação do soro, Pietra apresentou melhora sensível, mas por volta do meio dia voltou a aumentar a frequência cardíaca e apresentar dores no peito e, em seguida, às 13h05 foi transferida para Santa Casa da cidade, quando o efeito do veneno evoluiu para um quadro clínico mais grave quando foi ministrado mais três ampolas do soro.

O diretor clínico da Santa Casa, Daniel Delegá, foi a público reiterar os sentimentos de pesares aos familiares de Pietra, quando afirmou que todos os esforços foram dedicados pela equipe de profissionais que trabalharam incessantemente desde das 13h até as 3h55 de sexta-feira (06) quando veio o registro do óbito. A paciente foi monitorada o tempo todo por uma equipe constituída por um pediatra, cardiologista e cirurgia.
Segundo o diretor clínico do hospital, em seguida a paciente teve duas paradas cardiorrespiratória, entre as 19h00 e 22h00 sendo reanimada pela equipe médica várias vezes.

Enquanto ela era reanimada no setor de emergência, uma UTI – Movel já estava pronta para realizar a transferência para outro centro médico, mas as condições hemodinâmicas da paciente era instável e não oferecia condições de transportá-la e a paciente foi internada na UTI da Santa Casa, porém Pietra teve mais seis paradas respiratórias e as 3h55 a última parada que foi fatal.

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