Policiais civis da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) do Rio de Janeiro prenderam, na noite desta quarta-feira (8), um falso médico, de 38 anos, identificado como Jonny Teixeira Carreiros, que faria parte de um esquema que fraudava registros no Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) para alunos de uma universidade federal da Bahia.
A prisão ocorreu em flagrante em frente a um hospital no bairro da Tijuca, zona norte da capital, quando o falso médico chegava em uma ambulância, acompanhando um paciente que havia sido transferido de um hospital de Nilópolis, na Baixada Fluminense. Depois de ser abordado, o falso médico acabou confessando o crime. A ação contou com o apoio de funcionários do Conselho Regional de Medicina do Rio.
De acordo com as investigações, o acusado atuava com o registro cancelado por fraude. Ainda segundo os agentes, algumas pessoas conseguiram o documento de forma provisória, antes que a fraude fosse descoberta, e vinham exercendo ilegalmente a profissão.
O homem foi conduzido para a delegacia especializada e autuado por exercício ilegal da medicina. As investigações continuam para identificar outros integrantes do grupo, além de apurar o envolvimento deles na assistência de traficantes de drogas do Rio..
Em nota, o Cremerj destaca que acompanhou, na noite de ontem, a prisão de Jonny Teixeira Carreiros, que se apresentava como médico, apesar de não ter um CRM válido. “A ação contou com a participação do CRM/RJ, não só no momento da prisão, mas também durante o levantamento responsável por identificar o detido e determinar onde, quando e como ele trabalhava. Sem isso, sua captura seria muito difícil”, disse o delegado Rodrigo Coelho, titular da DRE.
Polícia Federal
A Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários da Polícia Federal também realizou uma operação, chamada Catarse, na manhã desta quinta-feira, (9), para desarticular um esquema criminoso especializado em falsificação de diplomas para o curso de medicina.
Para isso, foram emitidos 11 mandados de busca e apreensão, que estão sendo cumpridos nas cidades do Rio de Janeiro, de Belford Roxo, de Teresópolis e de Montes Claros (em Minas Gerais). Já foram apreendidos celulares, carimbos e documentos com indícios de falsificação.
As primeiras prisões por parte da Polícia Federal, que resultaram nesta operação, ocorreram em abril de 2022, após uma denúncia do Cremerj. O conselho chamou a Polícia Federal após perceber indícios de documentação falsa para a inscrição de dois CRMs. Na ocasião, as duas pessoas estavam na sede do Cremerj e foram presas.
O conselho informou que, desde então, está à disposição das autoridades policiais e que vem colaborando com a Polícia Federal e com a Polícia Civil a fim de coibir essas práticas criminosas . Para o Cremerj, todas as ações que visem garantir a segurança da população, dos médicos e dos demais profissionais de saúde são fundamentais e prioritárias.