sábado, 23 de novembro de 2024
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Faculdade da região participa de estudo sobre dispersão do Covid

Uma força-tarefa envolvendo pesquisadores de 15 instituições brasileiras, entre elas a Faculdade de Medicina de Rio Preto – Famerp, em conjunto com instituições britânicas, realizou o sequenciamento de 427 genomas…

Uma força-tarefa envolvendo pesquisadores de 15 instituições brasileiras, entre elas a Faculdade de Medicina de Rio Preto – Famerp, em conjunto com instituições britânicas, realizou o sequenciamento de 427 genomas do novo coronavírus SARS-CoV-2 de 21 estados Brasileiros.

O estudo foi publicado na revista Science, nesta quinta-feira (23), com amostras colhidas de pacientes positivos para SARS-CoV-2 de 85 municípios brasileiros, entre os meses de março e abril.

Trata-se do maior estudo de vigilância genômica da covid-19 na América Latina. Nesse estudo, os pesquisadores combinaram dados genômicos de SARS-CoV-2 com dados epidemiológicos e de mobilidade humana para investigar a transmissão da covid-19 em diferentes escalas e o impacto das medidas de intervenção não farmacêuticas (INFs) no controle da epidemia no país.

Os resultados demostram que as INFs, como fechamento das escolas e comércio no final de março, embora insuficientes, ajudaram a reduzir a taxa de transmissão do vírus que foi estimada no início do período em superior a 3 para valores entre 1 e 1,6, tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro.

Os pesquisadores conseguiram detectar mais de 100 introduções distintas de covid-19 no país originárias principalmente da Europa. A maior parte dessas introduções foi identificada nas capitais com maior incidência de voos internacionais, como São Paulo, Minas Gerais, Ceará e Rio de Janeiro.

Apenas uma pequena parcela dessas introduções resultou nas linhagens que se dispersaram por transmissão comunitária no país. O estudo inferiu que 76% dos vírus detectados até o final de abril se agrupam em 3 grandes grupos (também designados por “clados”) que foram introduzidos entre o final de fevereiro e o início de março e se espalharam rapidamente pelo país antes que as medidas de controle de mobilidade fossem iniciadas.

O trabalho se iniciou com uma atividade do Centro de Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (CADDE) entre pesquisadores brasileiros e instituições britânicas como a University of Oxford, que se estendeu a diversos outros pesquisadores de Universidades e Institutos Brasileiros (USP, LNCC, UFMG, UFRJ, IPEA, UNICAMP, FGV, UFU, UFRR, FAMERP), aumentando a abrangência nacional do estudo.

O trabalho foi desenvolvido com o apoio da FAPESP, MRC, Wellcome Trust, MCTIC, FINEP, CAPES, CNPq, INCT, FAPERJ e FAPEMIG.

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