Washington Elias Relíquias de Souza Sarmento, 29 anos, chegou no início da madrugada desta quinta-feira (7) em Birigui, onde é investigado em inquérito que apura o assassinato do casal Caroline Batista Froes, 22 anos, e Jimmy Pereira da Silva, 21, na madrugada do dia 24 de novembro.
Sarmento foi detido pela polícia paraguaia na cidade de Pedro Juan Caballero na última sexta-feira (01). Ele e a namorada, de 24 anos, estavam com a prisão preventiva decretada pela Justiça de Birigui apontados como autores do assassinato do casal.
De acordo com o boletim de ocorrência registrado no início da madrugada desta quinta-feira em Birigui, após a prisão de Sarmento no Paraguai, a Polícia Civil foi informada e após os trâmites da extradição, foi buscar o foragido, que havia sido entregue à em Ponta Porã (MS), após ter sido apresentado anteriormente pela Polícia federal paraguaia à Polícia Civil de Aral Moreira (MS).
Na manhã desta quinta-feira ele seria apresentado, como providências de praxe, em audiência de custódia na Justiça de Birigui, e deverá continuar detido à disposição da Justiça.
A PRISÃO
Sarmento foi abordado pela polícia paraguaia porque estava parado em via pública em atitude suspeita. Ao ser questionado, ele informou ser cidadão brasileiro e disse estar ilegalmente naquele país. Os policiais levaram o suspeito até a delegacia e após pesquisa, constataram que ele estava sendo procurado pela Justiça.
A namorada dele, que também estava com a prisão decretada, se apresentou à polícia na semana passada e está detida. Ela alegou que o motivo do crime foi o fato de o autor e a namorada ter passado o dia com as vítimas usando drogas e ingerindo bebidas alcoólicas.
Durante a madrugada, Jimmy teria tentado manter relação sexual com a autora. Sarmento, ao ficar sabendo, se desentendeu com Jimmy e o matou. A namorada dele, Caroline, viu a cena e disse que chamaria a polícia, e por isso, segundo a autora informou á polícia, Caroline também foi assassinada.
O CRIME
No dia dos fatos, a PM foi acionada por uma moça a qual informava que seu irmão (Sarmento) havia lhe telefonado dizendo que tinha matado um cara esfaqueado e deixado o corpo em uma casa de fundos na rua Severo Xavier Soares, 296.
No local, debaixo de um colchão, os policiais perceberam que havia um lençol, e ao desenrolar, constataram que havia dois corpos nus, com cortes profundos no pescoço, e o corpo masculino tinha várias outras perfurações. Na região genital da moça havia secreção aparentando que houve relação sexual.
Na residência foram encontrados documentos de um casal, possivelmente moradores da casa, e da irmã da moradora, os quais não se encontravam no local. O morador do imóvel da frente é pai das moradoras da casa dos fundos, e disse que autorizou uma delas a morar com o companheiro no imóvel.
Ele diz que viu a filha e o genro pela última vez na terça-feira. Uma terceira irmã das moradoras na edícula disse que viu uma delas pela manhã, e lembrou que ela estava com um olho roxo e tinha vestígio de sangue na boca. Ao perguntar o que tinha acontecido, a moça respondeu apenas que estava tudo bem.
Após o encontro dos cadáveres, os moradores da edícula tinham fugido.