domingo, 24 de novembro de 2024
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Exorcistas atendem fiéis que pedem que Covid seja tirado do corpo

O Vaticano ordenou que exorcistas deixem de atender fiéis que pedem que eles tirem a Covid do corpo deles, conforme se tornou comum em paróquias em vários países durante a…

O Vaticano ordenou que exorcistas deixem de atender fiéis que pedem que eles tirem a Covid do corpo deles, conforme se tornou comum em paróquias em vários países durante a pandemia. De acordo com os religiosos, os pedidos se multiplicaram no último ano.

“De forma esmagadora, fomos chamaos para exorcizar a Covid de pessoas enfermas”, disse o padre espanhol Miguel Martin, de acordo com o “Daily Beast”, durante recente conferência de cinco dias da Igreja Católica sobre exorcismo, realizada em universidade de Roma (Itália). “Disseram-nos que, sob nenhuma circunstância, deveríamos realizar o rito em um paciente com Covid”, acrescentou o religioso.

Ronaldo Ablong, padre filipino, foi criticado por mandar exorcistas para cuidar de paroquianos com o “demônio do coronavírus”. É exatamente dessa forma que o coronavírus é representado em alguns países da Ásia: uma entidade do mal. Ablong atraiu pesadas críticas de alguns nomes importantes em Roma por cruzar os limites entre a saúde física e “a verdadeira possessão demoníaca”, conforme definido pela Igreja Católica.

Este ano a conferência, que oficialmente se chama Curso de Exorcismo e Oração de Libertação, é especialmente focada em anjos e demônios na Sagrada Escritura e no Magistério, bem como seminários sobre o a religião na Ásia no contexto de “ritos mágicos” afro-brasileiros, que não estão em consonância com o ensino católico.

Pela primeira vez, o evento não foi aberto apenas a exorcistas treinados e aprovados pelo Vaticano. Organizadores da conferência afirmaram que o seminário também foi aberto a leigos, especialmente devotos católicos devotos que trabalham na área de saúde mental, que muitas vezes são chamados para ajudar a discernir se alguém tem um problema psiquiátrico ou é de fato é caso de “possessão”.

Não é só a Covid que tem trazido um elemento de “novidade” à milenar prática do exorcismo. Recentemente, o monsenhor Stephen Rossetti, lotado na diocese de Washington, a capital americana, afirmou que demônios estão se adaptando a novas tecnologias e podem se manifestar em mensagens por celular.

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