Cerca de 160 pessoas foram impedidas ontem de prestar exames práticos para aquisição de CNH (Carteira Nacional de Habilitação) em Piracicaba, porque foi espalhado óleo de motor no bolsão da Rua do Porto, onde acontecem aulas práticas e exames toda semana. Do total, 120 eram candidatos à carta de moto e o restante, de microônibus e caminhões de pequeno porte. Teve até quem veio de outras cidades para prestar o exame, pediu dispensa do trabalho e teve de voltar sem fazer a prova.
A polícia averigua se a ação tem participação de representantes do Sindicato dos Empregados de Auto-escolas e Despachantes de Campinas e região, que estão acompanhando a greve dos instrutores em Piracicaba. No dia 14 deste mês, a Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito) teve de suspender os exames por causa de problemas com um carro de som do sindicato, fato que foi registrado na Delegacia de Polícia.
A indignação dos instrutores e donos de auto-escolas que não aderiram à grave foi registrada ontem no 1º Distrito Policial. A cópia, segundo a delegada Eliana Rodrigues Carmona, será encaminhada à Delegacia do Trabalho.
Proprietários de auto-escolas informaram que os candidatos estão sofrendo retaliação por parte do sindicato, quando estão em aulas práticas nas ruas da cidade. Uma das táticas, segundo apurou a Gazeta, é parar o carro em que o aluno está para arrancar os bicos de entrada de ar nos pneus.
O vice-presidente da Associação dos Despachantes e Auto-escolas de Piracicaba, Márcio Fávero, disse que Piracicaba tem 33 auto-escolas, sendo que 30 seguem a convenção coletiva do Sindicato de Americana e o restante, de Campinas.
