Ex-presidente do Barcelona, o espanhol Sandro Rosell negou ter recebido “comissões legais ou ilegais” pelos direitos de imagem de 25 partidas amistosas da Seleção Brasileira. Ele é acusado de lavar 20 milhões de euros nestes jogos.
Rosell disse durante seu depoimento que, em 2006, fechou um contrato com a CBF como intermediário da companhia saudita ISE, após oferecer à CBF o dobro do valor que que recebia por essas partidas. Dos 600 mil euros pagos na temporada anterior por partida, Rosell passou a oferecer 1,15 milhão de euros, após convencer o proprietário da ISE.
Rosell insistiu que “não houve comissões legais e nem ilegais” derivadas do contrato com a CBF, mas “só uma retribuição” à sua empresa por parte da ISE, e assegurou que o então presidente da CBF, Ricardo Teixeira, não exigiu o pagamento dessas comissões que a Promotoria lhe atribui.
Segundo sua explicação, o contrato com a CBF por 25 partidas amistosas da Seleção Brasileira de futebol atingiu os 27 milhões de euros e, dessa quantidade, a ISE se comprometeu a dar em torno de 10% pela sua atuação como intermediário.
A Promotoria pede para Rosell uma pena de 11 anos de prisão e 59 milhões de euros de multa, por “tanta falsidade e erros” que contém no documento de acusação.