sábado, 23 de novembro de 2024
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Ex-ginasta Laís Souza afirma que sofreu abusos sexuais de cuidadores

A ex-ginasta Laís Souza disse que sofreu “uma série” de abusos de antigos cuidadores. Ela fez a afirmação em entrevista ao ex-participante do Big Brother Brasil Rodrigo Mussi. As agressões…

A ex-ginasta Laís Souza disse que sofreu “uma série” de abusos de antigos cuidadores. Ela fez a afirmação em entrevista ao ex-participante do Big Brother Brasil Rodrigo Mussi. As agressões ocorriam principalmente no período da noite, quando ela já estava dormindo.

Em janeiro de 2014, enquanto treinava para participar das Olimpíadas de Inverno de Sochi, a ex-ginasta colidiu com uma árvore e sofreu lesões na coluna cervical, que a deixaram sem movimentos no tronco, nas pernas e nos braços. Ela tinha 25 anos na época e, agora, com 34, dedica-se a dar palestras e atua na área das artes plásticas.

Laís explica que a falta de sensibilidade no corpo contribuiu para os abusos dos cuidadores — homens e mulheres.

“Sinto que está tudo certo, e a pessoa se aproveita daquilo”, disse a ex-atleta, na conversa com Mussi. “São muitos procedimentos que preciso fazer de barriga para baixo. Isso é só um exemplo, mas a maioria foi quando eu estava quase dormindo.”

O perfil dos abusadores é diversificado, segundo Laís Souza
Laís revelou ainda que não há um perfil específico de abusadores. “Já aconteceu com homem, mulher, homem gay e mulher gay“, contou. “Quem já passou por isso sabe que quem tem de ouvir é o homem hétero, mas também a população em geral. Nosso corpo é nosso corpo, e não tem de ser invadido.”

Ela também falou que teve medo de morrer, depois de denunciar os abusadores. Laís temia sofrer retaliações, mas disse que nunca houve ameaça.

Na entrevista, a ex-ginasta afirmou que tem quatro cuidadores à disposição e que há um porcentual elevado de profissionais com quem já trabalhou que não eram bons. Segundo ela, de cada dez, quatro não são legais.

“Minha confiança é bem abalada”, ressaltou Laís, ao lembrar dos abusos. “Para confiar em alguém, preciso conviver. Quando vai entrar um cuidador, explico tudo como quero, deixo tudo no lugar certo para que ele não precise dar nem um passo para lá e tudo fique no meu controle. Hoje confio nos atuais cuidadores, mas desconfiaria até da minha própria família.”

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