O comentarista esportivo Mauro Nóbrega, que participou das transmissões da Jovem Pan entre 1986 e 2002, morreu na tarde deste sábado, 22, após passar uma semana internado em um hospital do interior de São Paulo.
Segundo apuração da Jovem Pan, Mauro estava na UTI de um hospital de Sorocaba desde o último domingo, 16, quando sofreu um AVC e teve complicações. O quadro de saúde do comentarista foi apresentando piora ao longo da semana, com os rins parando de funcionar e o diagnóstico de uma infecção urinária. A informação foi confirmada por parentes, que afirmaram que mesmo com estado debilitado, o comentarista conseguiu se despedir de seus familiares. Mauro era casado desde 1978, e deixa mulher, Marlete, duas filhas, Elke e Ellen, e dois netos, Eloisa e Otávio. Segundo a família, Mauro não trabalhava mais no meio esportivo há alguns anos. A última rádio pela qual passou foi a Cruzeiro do Sul, de Sorocaba. Um dos motivos que teria levado a sua aposentadoria das transmissões foi a descoberta de um princípio de Alzheimer.
A notícia da morte de Mauro repercutiu rapidamente. No Twitter, diversas personalidades do meio esportivo prestaram suas homenagens ao comentarista. “Grande comentarista e homem de um caráter espetacular. Tive orgulho de ser seu amigo”, disse Flavio Prado, comentarista da Jovem Pan. “Uma figura extraordinária. Trabalhei com ele por muitos anos. Não de graça os mais chegados o chamavam de “Porcelana” tal era sua bondade e gentileza”, disse o radialista Luiz Carlos Quartarollo.
À reportagem, o comentarista da Jovem Pan Wanderley Nogueira classificou Mauro como uma pessoal gentil e doce, que raramente levantava o tom de voz e que era muito querida pelos companheiros de trabalho. “Uma figura doce, muito agradável, educadíssimo, simpático, gostoso de se ter por perto. Realmente uma figura muito querida por todo mundo e um ótimo profissional. Tomar conhecimento da morte dele, sem dúvida, deixa todo mundo que conheceu o Mauro mais de perto muito triste”, disse Wanderley. O mesmo tom foi adotado por Nilson César, que contou que a relação dos dois ultrapassou a barreira profissional.
“Ele foi um brilhante comentarista, um cara que marcou história na Jovem Pan. Além da relação profissional, eu tinha uma relação pessoal porque ele é vizinho meu. Eu conhecia a mulher, as filhas e os dois netos. A gente tinha uma relação muito familiar também”, disse Nilson.