Dois lados se destacaram na sessão da Câmara Municipal de Fernandópolis justamente em que o organizador da 1ª Parada da Diversidade, Paulo Pedroso, usou a tribuna livre do Legislativo para explicar como será o evento e rebater as críticas do vereador Cabos Santos em redes sociais. Ficou claro que cada grupo defendeu seus interesses, conforme a opinião de quem cada representava, no caso Paulo Pedroso e Cabo Santos.
A Câmara ficou dividida entre apoiadores da Comunidade LGBTQIA+ e um grupo de evangélicos, de certa forma estiveram na platéia para apoiar Cabos Santos. O publico ficou dividido, mas não chegou a lotar o plenário.
Paulo Pedroso explicou a forma em que conseguiu recursos do governo Estado de São Paulo para realizar o evento que acontece no próximo sábado, dia 18, na Avenida Raul Gonçalves Junior e confirmou que não há dinheiro do município de Fernandópolis aplicado no evento. A participação da Prefeitura seria por meio de apoio como o fechamento do trânsito e orientações aos participantes.
Pedroso ainda mencionou que a 1ª Parada é aberta a qualquer tipo de público com regras no consumo de bebida, onde será proibido a utilização de garrafas de vidro e qualquer outro tipo de objeto que possa caracterizar algum tipo de arma.
Garantiu que haverá segurança, destacado a contratação de empresas fernandopolenses para realização do evento e ainda fomentando o setor hoteleiro, bares, restaurante e até o comércio local.
A maior contestação de Paulo Pedroso foi relacionado a varíola do macaco. Informou ainda que a transmissão não ocorre somente pelo sexo, mas um simples abraço pode-se transmitir a doença, mencionado que o vereador Cabo Santos não teve preocupação com outros eventos realizados na cidade.
Cabo Santos fez questão de usar a Tribuna para dar sua versão sobre os fatos e garantiu que não houve preconceito com a comunidade LGBTQIA+ e muito menos homofobia, se preocupando com a saúde pública.
No decorrer do seu tempo, acabou sendo do foco da informação e destacando várias denúncias que tem feito na cidade, principalmente contra a administração pública e Santa Casa. A cada declaração, ele era aplaudido pelos evangélicos que acompanhavam a sessão.
O clima acabou esquentando quando o vereador Aparecido Moreira (Cidinho do Paraíso) que se declarou gay, defendeu Cabo Santos, alegando que nunca foi destratado por ele ou muito menos sofrido atos de homofobia. O discurso dele acabou incomodando a plateia LGBTQIA+ até que o presidente Gustavo Pinato optou pela corte do som do microfone.
Para encerrar a sessão, o vereador Jeferson da FEF pediu para que todos orassem um Pai Nosso.