segunda, 23 de dezembro de 2024
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EUA aprovam remédio que reduz pela metade o “mau colesterol”

Um painel do órgão americano responsável pelo controle dos alimentos e medicamentos no país (FDA, na sigla em inglês) recomendou a aprovação de uma droga injetável que pode ajudar a…

Um painel do órgão americano responsável pelo controle dos alimentos e medicamentos no país (FDA, na sigla em inglês) recomendou a aprovação de uma droga injetável que pode ajudar a prevenir ataques cardíacos e outras doenças cardiovasculares ao diminuir o colesterol.

O grupo aprovou o Praluent, um dos vários remédios que têm como alvo o colesterol LDL, mas cientistas afirmam que as provas definitivas de que a droga pode reduzir problemas cardíacos terá de esperar até o final dos testes clínicos, em 2017.

O Praluent funciona ao bloquear uma proteína chamada PCSK9, que normalmente impede que o fígado seja capaz de eliminar completamente o colesterol LDL da corrente sanguínea.

Os testes mostram que com a nova droga, pacientes reduziram sua taxa de colesterol entre 40 e 65%, mesmo se eles já tomavam remédios que controlam o colesterol, como o Lipitor. A droga também parece não ter efeitos colaterais significativos nos pacientes: o FDA investigou se o remédio causa perda de memória ou delírios, mas ficou satisfeito com as respostas que recebeu.

Em uma entrevista ao jornal americano The New York Times, o cardiologista da universidade de Harvard Peter Libby afirma que remédios como o Praluent representam a “solução ao problema do LDL”.

Mas, por causa da falta de informações conclusivas, a comunidade médica está cautelosa a respeito do uso da nova droga. Ainda não há estudos sobre a relação direta entre abaixar o colesterol LDL e a redução do risco de doenças cardíacas.

O Praluent foi desenvolvido pela Sanofi e a Regeneron Pharmaceuticals. A Amgen também está lançando outro remédio similar, o Repatha, que será analisado pela FDA ainda nesta semana. As farmacêuticas afirmam que os medicamentos podem ajudar milhões de pessoas, mas ainda não falaram o preço que irão cobrar pelas drogas. Médicos americanos estimam que elas irão custar entre 7 mil e 12 mil dólares por ano aos pacientes.

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