Dois estupradores de garotas de programa presos pela DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Jales no ano passado foram condenados pela justiça esta semana.
W.P.F., 42 anos, acusado de pelo menos quatro estupros, foi condenado a 38 anos, 8 meses e 10 dias de reclusão e 32 dias-multa (1/30 do salário mínimo cada) e C.L.A. , acusado de apenas um estupro, foi condenado a 12 anos e 10 meses de reclusão e 13 dias-multa no mesmo valor. O primeiro morava em General Salgado e o outro em Mesópolis.
A pena foi resultado de uma brilhante investigação realizada entre os meses de setembro e novembro de 2013 pela delegada Maria Letícia Camargo e pelo investigador Ailton Marques de Oliveira.
Segundo a conclusão da investigação, quatro casos foram praticados no Município de Jales. Uma das vítimas de Jales foi abordada sob o pontilhão em frente ao shopping de Fernandópolis, e uma de Birigui que trabalhava numa boate em Votuporanga.
A maioria era prostituta, mas a polícia acredita que uma delas não tinha atividades de prostituição. Ela foi seqüestrada quando saía do bar da sua mãe, em Auriflama. Ainda assim, a polícia faz questão de repudiar o ato.
Em todos os crimes, o autor W.P.F. se utilizava de violência física e ameaça e após concretizar o estupro, acabava por subtrair os pertences e o dinheiro das vítimas.
O estuprador acabou sendo autuado em flagrante pela polícia de Auriflama no dia 11 de outubro passado, depois de manter uma vítima em cárcere privado por mais de 30 horas.
TERROR NO CANAVIAL
O delegado seccional, Charles Wistom de Oliveira, disse que as vítimas eram contratadas para programas sexuais e levadas para o canavial. “Uma vez dentro do carro e sem possibilidade de reagir, eram subjugadas, levadas agredidas e violentadas sexualmente nesse mesmo ponto do canavial”.
De acordo com a polícia, os bandidos pegavam as vítimas em prostíbulos ou na beira da estrada. “Num dos casos, eles foram até um prostíbulo, combinaram um programa com uma moça e a trouxeram para um canavial, onde a estupraram durante a noite toda e depois roubaram todos os seus pertences e a abandonaram. Tudo com uso de uma arma de fogo”.
A localização dos estupradores foi possível graças à ação corajosa e perspicaz de uma das vítimas. Durante o período em que foi mantida em cárcere privado, ela conseguiu pegar uma carteira de identidade do criminoso e com isso foi possível identificá-lo. Outra vítima decorou a placa do carro usado nos crimes.
Jornal A Tribuna