Segundo um estudo publicado nesta semana pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, a indústria tabagista aumentou deliberadamente os níveis de nicotina nestes últimos anos para aumentar a dependência dos fumantes.
O documento explica que “as empresas usaram progressivamente um tabaco cada vez mais rico em nicotina, além de alterar o formato do cigarro, dando ao fumante a possibilidade de aumentar as tragadas”.
Segundo a agência de notícias Ansa, a estudo de Harvard, baseado em dados fornecidos pelos próprios produtores, aprofunda um primeiro documento do departamento da Saúde Pública do Massachusetts, segundo o qual a quantidade de nicotina aumentou em média 10% entre 1998 e 2004.
O líder americano do setor, a Philip Morris, afirma que o estudo de Harvard é equivocado, mas reconhece que os níveis de nicotina se alteraram no tempo, só que nas duas direções. O nível de 1997 e de 2006 (anos não considerados no estudo), em particular, seria idêntico.
Outros dois grandes produtores, como a Lorillard e a Reynolds, se recusaram a responder às perguntas do jornal Boston Globe, que divulgou o estudo.