Os estudantes do movimento contrário à reorganização escolar em São Paulo desocuparam 53 escolas, mas mantiveram a ocupação em 145 unidades, de acordo com a Secretaria Estadual da Educação. Duas diretorias estaduais de ensino, nas cidades de Sorocaba e Santo André, também foram devolvidas pelos alunos.
A desocupação de parte das escolas ocorre depois de o governo do estado suspender a reorganização do ensino, que levaria ao fechamento de 93 escolas, medida que afetaria 311 mil alunos. A presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Isabel Noronha, explica que o ideal seria a extinção definitiva desse projeto e que respeita a decisão dos alunos de continuar ocupando escolas.
O levantamento da Apeoesp mostra que os estudantes devolveram 64 escolas, mas 149 unidades permanecem ocupadas. De acordo com a Secretaria da Educação, à medida que as escolas são devolvidas, as aulas de reposição são retomadas. O cronograma de retorno varia entre as unidades.
Ontem, o governador Geraldo Alckmin disse que não há razão para que as ocupações das escolas prossigam no estado após o adiamento do projeto. “Não há razão nenhuma para ter escola hoje invadida. Se a causa era essa, agora é retomar as aulas para poder, o mais rápido possível, concluir o ano letivo. Esse é o objetivo”, disse.
Por causa da revogação do decreto, o secretário de Educação do estado de São Paulo, Herman Voorwald, entregou pedido de exoneração ao governador Geraldo Alckmin.