segunda, 23 de dezembro de 2024
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Estudantes de Fernandópolis entram na luta contra o Aedes aegypti

Estudantes da região entraram na luta contra o mosquito Aedes aegypti com ações dentro dos laboratórios das escolas. A iniciativa chamou atenção da Secretaria Estadual da Educação, que decidiu apoiar…

Estudantes da região entraram na luta contra o mosquito Aedes aegypti com ações dentro dos laboratórios das escolas. A iniciativa chamou atenção da Secretaria Estadual da Educação, que decidiu apoiar os projetos.

Em Fernandópolis, o aluno Leandro Gomes Rasteli, de 14 anos, da Escola Estadual Afonso Cáfaro, estuda a possibilidade de usar a planta “comigo ninguém pode” como base de um inseticida natural no combate à dengue.

“Fizemos algumas pesquisas com outras plantas tóxicas como a tinhorão e a copo de leite, mas chegamos à conclusão que a “comigo ninguém pode” seria melhor, porque além de ser mais barata, é de fácil plantio. Pensei em fazer alguns testes para conseguir matar o Aedes aegypti e suas larvas para acabar com o problema de saúde causado por ele na nossa região”, diz Leandro.

O projeto é acompanhado pela professora Jucimara Juliana Gomes e tem parceria com a Faculdade de Química da Unicastelo de Fernandópolis. O professor Francisco José Mininel, coordenador do curso de Química na Unicastelo, diz que o projeto é muito interessante e, por isso, abraçaram a causa. O estudante também ganhou uma bolsa de iniciação científica.

Outro trabalhado selecionado pela Secretaria Estadual da Educação é o de duas alunas da Escola Estadual Coronel Francisco Schmidt, em Pereira Barreto. As estudantes Lorrany Corrêa e Ludmila Miraglia Serviano começaram uma pesquisa no laboratório da escola e trabalharam na fórmula de um hidratante repelente. A loção foi feita à base de essência de citronela, ciclone e hidratante para pele. Todo o projeto foi supervisionado pela professora de biologia, Elda Aguiar Gama, e profissionais da área da Saúde.

Lorrany nunca teve dengue, mas amigos e parentes dela, sim. Por isso, ao ver, da janela da sala de aula, possíveis criadouros do mosquito, que transmite pelo menos três doenças, ficou preocupada. “Teve uma chuva aqui na cidade e, pela janela, observei algumas poças de água. Meus amigos reclamavam de picadas. Por isso, resolvi pesquisar e tentar prevenir a picada do mosquito.”

A amiga dela, Ludmila, diz que o mosquito, além de transmitir dengue, chikungunya e zika vírus, pode provocar elefantíase e entupir os vasos linfáticos. “A picada do mosquito pode causar incha- ço e até causar a morte”, diz. O trabalho de escola virou projeto de iniciação científica e está entre outros 147 selecionados pela Secretaria Estadual da Educação.

O repelente está em fase de testes, tem até um diário onde tudo é anotado e, de acordo com a professora, já apresenta resultados positivos. “Pensamos no hidratante à base de silicone, que tem aderência melhor e é algo natural e a citronela, que repele o mosquito. Inicialmente, testamos o repelente em nós mesmas, no antebraço, e percebemos que não houve irritação. Cada aluno ou funcionário que passa por aqui a gente passa o repelente e anota no diário se há indicações de vermelhidão ou coceira. Até o momento não houve”, afirma a professora Elda.

O Extra.net

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