domingo, 10 de novembro de 2024
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Estudantes dão exemplo de solidariedade e raspam a cabeça por colega em tratamento

Dependência mútua entre os homens; sentimento que leva os homens a se auxiliarem mutuamente; relação mútua entre coisas dependentes; direito, compromisso pelo qual as pessoas se obrigam umas pelas outras….

Dependência mútua entre os homens; sentimento que leva os homens a se auxiliarem mutuamente; relação mútua entre coisas dependentes; direito, compromisso pelo qual as pessoas se obrigam umas pelas outras. São essas as definições dadas pelo dicionário para a palavra solidariedade.

Entretanto, o que uma sala inteira da sexta série do ensino fundamental do colégio Coopere fez, vai muito além dessas definições.

Solidários com a luta do colega de sala Miguel Pessuto Gonçalves contra um câncer, todos da sala – com exceção das meninas – rasparam a cabeça e o recepcionaram com uma festa e muita alegria.

“Eu me senti muito feliz, foi uma homenagem linda. Eu nunca pensei que alguém um dia faria isso por mim, não tenho nem palavras para definir o que senti na hora. Quando cheguei, todo mundo veio correndo me dar um abraço e pude perceber o quanto as amizades são importantes na nossa vida. Graças a eles hoje eu me sinto até mais forte para lutar contra minha doença”, afirmou o pequeno Miguel.

A iniciativa partiu dos próprios estudantes, que ao verem Miguel nessa luta, decidiram fazer algo para que ele se sentisse melhor.

“O Miguel é um grande amigo de todos nós. Quando ele teve que voltar para hospital ficamos muito tristes e decidimos fazer alguma coisa para ele não ter que sofrer tanto com essa doença. Então resolvemos ficar iguais a ele, assim ele não vai se sentir diferente da gente”, disse Rodolfo Faria Brianês, um dos colegas de Miguel.

Além de rasparem a cabeça, enquanto Miguel realizava seu tratamento em São Paulo, todos trabalharam na organização da recepção. Juntos eles produziram um vídeo com fotos da turma, confeccionaram cartazes e camisetas e uma pequena festinha onde até o cardápio foi estudado, já que Miguel possui algumas restrições alimentares.

“Eu fiquei até surpresa. Eles decidiram tudo isso entre eles muito rapidamente e vieram me pedir autorização. Eu disse que se os pais autorizassem não via problema algum. Então eles organizaram tudo e quando ele chegou à escola estavam todos dentro da sala com toucas na cabeça. Quando Miguel entrou, todos o abraçaram e tiraram as touquinhas. Foi muito emocionante”, afirmou a diretora do colégio Aida Romano Rolim Scatena.

Agora, Miguel segue o tratamento ainda mais forte e renovado, graças ao apoio de seus “eternos amigos”, como eles mesmos dizem.

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