Uma estudante de 15 anos foi atingida com um tiro no tórax direito, na noite de quarta-feira, no bairro da Estação. A vítima foi socorrida e levada para a Santa Casa de Votuporanga, onde permanece internada.
Uma amiga da adolescente, que tem a mesma idade, também foi atingida de raspão e recebeu alta médica, após ser atendida. O fato foi registrado pela Polícia Militar como tentativa de homicídio. A ocorrência seguiu para a DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Votuporanga, uma vez que o autor do disparo não foi identificado.
Boletim
Segundo o boletim de ocorrência registrado pela PM local, as duas adolescentes estavam na casa de J.G.F., 29, que fica na Rua Valdmir Casagrande. Um rapaz informou ao proprietário da residência que outro jovem o teria ameaçado. Após receber a notícia, J.G.F. saiu de casa, com o objetivo de encontrar o rapaz que o teria ameaçado. Momentos após, as duas adolescentes ouviram uma moto passar pela rua e uma pedra ser jogada na porta da casa do jovem. As vítimas saíram da residência e escutaram vários disparos de arma de fogo. Um dos tiros atingiu a adolescente que está internada na Santa Casa; a outra garota foi ferida de raspão na testa.
Ainda de acordo com o registro da Polícia Militar, as vítimas teriam citado o nome do possível autor dos disparos, que seria ex-namorado de uma delas.
A polícia apreendeu na casa onde o fato ocorreu, um DVD com controle remoto e dois celulares com carregador.
Investigações
O delegado Antônio Marques do Nascimento, que responde pela DIG, não foi encontrado pela reportagem para comentar sobre o caso, uma vez que a autoridade havia trabalhado no Plantão Policial na noite do fato. Um investigador da DIG informou que o caso já está sendo investigado e que já existe um suspeito. Ele disse que o próximo passo é descobrir se o possível autor agiu sozinho ou contou com a participação de outro indivíduo.
Revolta
A mãe da garota baleada, que preferiu não se identificar, informou ao Diário que estava revoltada com o ocorrido. “Sempre pensamos que nunca seremos vítima da violência. Minha filha estava no local e momento errados”, opinou. Questionada sobre o fato, ela disse que não sabe se continuará morando no bairro. “Tenho ótimos vizinhos, mas tenho dúvidas em relação à minha segurança e a de minha família”, falou.
Em relação à amizade da filha com a adolescente, a mãe falou que possuía algumas restrições, mas optou por não fazer comentários. Ela também disse que a filha freqüenta a escola regularmente e não possui inimizades.
A mãe contou que a filha ainda não sabe o que aconteceu no momento do fato e nem quem teria efetuado os disparos. Ela falou que momentos antes do acontecido, a amiga de sua filha a convidou para ir até a casa onde a tentativa ocorreu. Ao chegarem no local e entrarem na casa, a mãe contou que a filha ouviu os disparos e como estava chovendo no momento, não pôde identificar quem a atingiu.
A mãe contou que ouviu três disparos na rua, mas não imaginou o que estaria acontecendo. Momentos depois, ela foi informada por vizinhos sobre o fato. Ela comentou que ainda hoje poderá receber parecer médico sobre a retirada (ou não) do projétil do corpo da vítima.
A reportagem também procurou falar com a outra adolescente vítima da tentativa, mas a mãe da garota não autorizou o contato e nem falou com o Diário.
