A estagiária de enfermagem Rejane Telles, 23, que injetou café com leite na veia de uma paciente causando sua morte afirmou, em entrevista ao “Fantástico”, da TV Globo, que “qualquer um se confunde”.
Ela trocou a sonda em que deveria ser aplicada a refeição da aposentada Palmerina Pires Ribeiro, 80, morta há uma semana. Em vez de aplicar na conectada ao nariz, que leva a alimentação direto para o estômago, o fez à ligada a um dos braços, usado para injetar soro ou medicamentos na corrente sanguínea.
“Como estava tudo junto, qualquer um se confunde”, disse ela, na entrevista. “Injetei o [café com] leite e botei pelo lado errado”.
Rejane, que estava no terceiro dia de estágio, afirmou que nunca foi treinada para realizar o procedimento e disse que foi orientada a fazê-lo por Rayane da Silva Inácio, técnica de enfermagem do PAM (Posto de Atendimento Médico) de São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Ela não foi localizada pela reportagem para comentar a entrevista.
“Me passou pela cabeça chamar [a supervisora]. Sendo que a outra menina que estava do meu lado, falou que sabia e que ia me ensinar. Ela pegou, falou para mim e para outra estagiária que estava do meu lado para ir fazendo os procedimentos. Mas não deu explicação nem de que e nem como. Continuou sentada no posto de enfermagem, brincando no celular”, disse Rejane, na entrevista.
Rejane estava acompanhada da também estagiária Luciana Carvalho, que estava no primeiro dia de estágio. Ela também não foi localizada para comentar a entrevista.
As estagiárias não poderiam fazer o procedimento sem a supervisão de uma técnica de enfermagem.