domingo, 10 de novembro de 2024
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Estado tem aumento de 102% nos atendimentos por efeitos do calor

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) contabilizou, nos primeiros sete meses de 2023, um aumento de mais de 102% no número de atendimentos ambulatoriais e internações…

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) contabilizou, nos primeiros sete meses de 2023, um aumento de mais de 102% no número de atendimentos ambulatoriais e internações por conta da alta exposição ao calor, em comparação ao mesmo período de 2022.

Foram cerca de 312 atendimentos neste ano comparado aos 154 registrados no ano passado. Crianças, idosos e pessoas com alterações cognitivas são as mais afetadas pelas altas temperaturas, pois estas têm capacidade reduzida de perceber ou comunicar a sede e regular a própria temperatura.

De acordo com o instituto de meteorologia Climatempo, São Paulo poderá ter este fim de semana como o mais quente do ano, visto que os termômetros poderão chegar a 38ºC. O Governo de São Paulo alerta a toda a população que os cuidados sejam redobrados durante estes dias.

“Os principais cuidados são tomar líquidos, principalmente água, no mínimo um litro e meio a dois litros, que devem ser ingeridos ao longo do dia e não de uma vez só; os ambientes devem ser mantidos arejados e frescos; usar roupas leves; e, se for realizar exercício físico ou passeios, fazer isso antes das 10 ou depois das 16 horas, evitando ficar em exposição ao sol mais intenso,” afirma a médica geriatra Drª Erica Boteom.

A SES informa que a desidratação, que pode ser intensificada em dias mais quentes, pode levar até ao óbito. Só neste ano, o estado de São Paulo registrou cinco mortes por causas relacionadas ao calor.

“Por mais que seja por período curto, nunca se deve deixar a criança dentro do carro nesse momento, em que temos temperaturas elevadas até o começo da noite, porque o carro é uma estrutura metálica e, portanto, ele aquece com a temperatura externa e, dentro, a temperatura é mais elevada do que do lado de fora,” aponta o Dr. Jamil Caldas, pediatra e Diretor da Divisão de Neonatologia do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM) da Unicamp. Segundo ele, óbitos por este motivo são frequentes.

Os sintomas de desidratação são sonolência, letargia, fraqueza, dores de cabeça persistentes e resistentes a analgésicos, tontura intensa, náusea, vômito e convulsões. Qualquer pessoa com excesso de temperatura corporal extrema deve procurar assistência médica imediata. Crianças pequenas podem apresentar outros sinais físicos, como leve depressão na região da moleira.

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