O estado de São Paulo registrou 6.717 focos de incêndio entre 1º de janeiro e 11 de setembro de 2024, de acordo com o projeto BDQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Esse número é mais de quatro vezes superior ao total de 2023, que foi de 1.666 focos, e está próximo do recorde histórico de 7.291 incêndios, alcançado em 2010. O Inpe tem monitorado os incêndios desde junho de 1998.
Nos primeiros 11 dias de setembro, o estado contabilizou 1.307 focos de queimadas, um aumento de quase 950% em relação ao mesmo período do ano passado, que teve apenas 125 focos. A Defesa Civil, em conjunto com o Corpo de Bombeiros, está combatendo incêndios florestais em 19 cidades e mantém um alerta de risco elevado até o dia 14. O último dia sem registros de incêndios foi 17 de agosto.
O capitão Roberto Farina, porta-voz da Defesa Civil estadual, explica que as áreas afetadas são muito grandes, variando entre 100 e 1000 hectares, o que dificulta a extinção completa do fogo. Além disso, a brasa pode continuar queimando sob a superfície, levando a novas reignições. A situação é agravada pelo clima seco e estável, influenciado pelo fenômeno El Niño, que interrompeu os corredores de umidade, contribuindo para a alta quantidade de focos e a dificuldade em conter os incêndios.