Novos dados do Infosiga, sistema do Governo do Estado gerenciado pelo programa Respeito à Vida e Detran.SP, apontam redução de 13,4% nas mortes de ciclistas, em todo o território paulista. O total contabilizado caiu de 82 no primeiro trimestre de 2021 para 71 em igual período deste ano. Na comparação mensal, a diminuição foi ainda mais acentuada, de 38 para 31 (-18,4%).
A Região Metropolitana de São Paulo também registrou queda de 25% no número de mortes de ciclistas no comparativo do primeiro trimestre de 2021 e de 2022. A quantidade passou de 24 para 18. Analisando somente o mês de março, o recuou foi de 25%, passando de 12 para 9. A tendência também se estendeu para os óbitos envolvendo ocupantes de automóvel (-15%). Nos primeiros três meses deste ano foram contabilizadas 58 mortes, contra 68. No mês passado, 14 mortes foram registradas e em março de 2021 foram 26.
O ciclismo está entre as modalidades mais apropriadas na prevenção e tratamento de doenças como hipertensão, colesterol alto, infarto do miocárdio, dentre outras. Melhoria do condicionamento físico e da capacidade cardiorrespiratória são outros benefícios da atividade. “A data é importante para promover o uso da bicicleta, um meio de transporte sustentável e viável. É, ainda, um convite a todos para que façam uma reflexão profunda das atitudes que cada um toma diariamente e, diante disso, um marco da busca incessante para tornarmos o trânsito de nosso País mais seguro”, afirma Neto Mascellani, diretor-presidente da autarquia.
Outras reduções no Estado
A tendência de queda se estendeu para o indicador de mortes envolvendo ocupantes de automóveis. No acumulado, a soma caiu 2,9%, passando de 280 para 272. O número total de acidentes com vítimas também caiu 2,5% no comparativo trimestral. Foram 40.279 acidentes registrados no primeiro trimestre de 2022 contra 41.295 em igual período do ano passado.
Velocidade no atendimento
A redução no tempo de atendimento às vítimas de acidentes pode reduzir a mortalidade em até 60%. Em rodovias, esse aspecto é ainda mais relevante, dado os tempos naturalmente dispendidos entre o deslocamento da equipe de resgate até o local do acidente e, em situações mais graves, dali para o hospital mais próximo. Os socorristas chamam esse período crítico de “A Hora de Ouro”, que é absolutamente relevante para as estatísticas de salvamentos de acidentes de trânsito.
Iluminação em trechos urbanos
Estudos indicam forte redução de mortalidade em trechos urbanos de rodovias que foram iluminadas. Um estudo que reuniu resultados de 50 pesquisas referentes ao impacto sobre os acidentes da iluminação em vias previamente não iluminadas concluiu redução de 60% em acidentes fatais nessas áreas.
Cinto de segurança no banco traseiro
Uma pesquisa realizada pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP) em rodovias concedidas indicou, em 2019, que em torno de 10% das pessoas não usam o cinto de segurança nos bancos dianteiros e 30% no banco traseiro. Essa prática é de extrema importância e vem sendo estimulada por meio de campanhas educativas e fiscalização, uma vez que estudos indicam redução de mortalidade em torno de 25% para ocupantes do banco traseiro e 45% para os bancos dianteiros.