Como forma de imunizar e diminuir o risco da chegada do vírus Influenza A ao Brasil e mais especificamente ao Estado de São Paulo, o Governo paulista acaba de adotar uma série de medidas preventivas.
Entre elas, a criação de um comitê de combate à gripe aviária, decretado nesta quarta-feira, 27, pelo governador Geraldo Alckmin. A influenza aviária é causada pelo vírus H5N2, altamente contagioso, e pode ser difundida rapidamente e atingir o homem e outros animais.
A ideia de intensificar a vigilância por aqui surgiu após o surto da doença nos Estados Unidos, que pode acabar exportando a doença através das aves migratórias ou pelo trânsito de passageiros em portos e aeroportos. Dados atuais da defesa americana revelam que o país já registrou 40 milhões de casos. Além disso, São Paulo é um dos principais produtores de ovos do país e um grande produtor de carne de aves. “É uma grande preocupação, pois já temos inúmeros focos nos Estados Unidos”, afirmou Alckmin. “Então [o comitê] é um reforço total na defesa sanitária”, completou.
O comitê, composto pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento, por meio da Coordenadoria de Defesa Agropecuária, visa planejar, integrar e estabelecer as medidas preventivas, de controle e de erradicação para a avicultura industrial e para o segmento que envolve as aves silvestres cativas, migratórias, autóctones e de criações informais visando a prevenção da introdução e difusão do agente etiológico da Influenza Aviária no plantel avícola do Estado de São Paulo e a adequada abordagem dos problemas relacionados à influenza aviária na saúde humana.
Guia de Trânsito Animal
Além disso, o governador lançou também o Guia de Trânsito para aves. Os animais só poderão circular acompanhados da guia de trânsito animal (e-GTA), emitida por meio do sistema informatizado Gedave da Secretaria de Agricultura. “Instituímos e já está em vigor a partir de agora a guia eletrônica animal para as aves e ovos férteis”, afirmou Alckmin. “Não vai precisar fazer a mão, nem ir ao Ministério da Agricultura. Isso desburocratiza, facilita a vida do produtor e melhora o controle da saúde animal. Melhora a defesa sanitária”, disse.