São Paulo pretende vacinar a partir deste sábado (15) cerca de 2,3 milhões de crianças contra a poliomielite, doença também chamada de paralisia infantil. A ação faz parte da Campanha Nacional de Vacinação, realizada em todo o país até 31 de agosto.
De acordo com a Secretaria da Saúde, o número corresponde a 95% das crianças do Estado com idade entre seis meses e cinco anos incompletos – considerado o público-alvo da imunização.
Durante a campanha, serão mobilizados mais de 39 mil profissionais de saúde, que atuarão em 7,1 mil postos fixos e volantes distribuídos por todo o território paulista, além dos 2.577 veículos, trinta ônibus, quatro barcos e outros transportes que facilitarão o acesso à população.
As unidades de saúde funcionarão das 8h às 17h, inclusive neste sábado, considerado o “Dia D” da vacinação.
Segundo Helena Sato, diretora de imunização da Secretaria da Saúde, “a participação nessa campanha é fundamental para a prevenção contra a paralisia infantil e, assim, mantermos erradicada essa doença no Estado”.
“Por isso, sugerimos aos pais e responsáveis que aproveitem o sábado para levar as crianças no posto de vacinação mais próximo de sua residência”, complementa.
Além da dose contra a paralisia infantil, as crianças também poderão receber eventuais vacinas em atraso do calendário da rede pública. Por isso é fundamental levar a caderneta de vacinação.
O que é a poliomielite?
A doença infectocontagiosa viral aguda é caracterizada por um quadro de paralisia flácida, de início súbito. O déficit motor instala-se subitamente e sua evolução não ultrapassa três dias.
Geralmente, a pólio, como é popularmente conhecida, atinge membros inferiores, de forma assimétrica, tendo como principal característica a flacidez muscular, com sensibilidade conservada e arreflexia no segmento atingido.
SP não tem casos de pólio há 27 anos
Segundo a Secretaria da Saúde, São Paulo está livre da poliomielite há 27 anos. No entanto, o poliovírus selvagem ainda circula nos continentes africano e asiático, principalmente no Afeganistão e no Paquistão.
Até julho deste ano, 34 casos de paralisia infantil foram registrados nesses dois países. Na Nigéria, antes elencada como um dos locais de circulação, não há notificação de ocorrências há aproximadamente um ano.