segunda, 23 de dezembro de 2024
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Estado de SP entra na reta final para ter vacina contra a dengue

São Paulo entra na reta final para produzir a primeira vacina brasileira contra a dengue. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa…

São Paulo entra na reta final para produzir a primeira vacina brasileira contra a dengue. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) autorizaram o pedido do Governo do Estado para o início da terceira fase de testes.

O anúncio foi feito pelo governador Geraldo Alckmin, nesta sexta-feira (11), no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. “Já foi feita a fase 1, a fase 2, e essa autorização é para a fase 3, que é a última. Estamos com uma grande possibilidade de ter uma vacina com uma dose única contra os quatro tipos de vírus. Então é um fato extremamente importante, do ponto de vista científico. A gente fica muito orgulhoso de São Paulo ter dado esse grande passo para ajudar o país e a ciência”, declarou o governador.

Os estudos clínicos envolverão 17 mil voluntários em 13 cidades nas cinco regiões brasileiras. A perspectiva é vacinar o número total de participantes em até um ano. Os resultados da pesquisa dependem de como será a circulação do vírus, mas o governo do Estado e o Butantan avaliam ser possível ter a vacina disponível até 2017.

O convite aos interessados e o acompanhamento dos voluntários do teste serão feitos por serviços de pesquisa independentes: 14 centros de estudo foram credenciados pelo Butantan para a tarefa.

Poderão participar do estudo pessoas que estejam saudáveis, que já tiveram ou não dengue em algum momento da vida e que se enquadrem em três faixas-etárias: 2 a 6 anos, 7 a 17 anos e 18 a 59 anos.

Os 14 centros não iniciarão o trabalho ao mesmo tempo. Interessados devem aguardar a divulgação do convite para participar do estudo em sua cidade. O primeiro município a iniciar os testes será São Paulo, onde os estudos serão feitos pela Faculdade de Medicina da USP, via Hospital das Clínicas, e pela Santa Casa de Misericórdia.

Os voluntários serão acompanhados pela equipe médica responsável pelo estudo durante o período de cinco anos e é importante que residam na região do serviço de saúde da pesquisa para facilitar o acompanhamento. Durante o período no qual o voluntário participará do estudo estão programadas, ao menos, 10 visitas aos centros de saúde do estudo para avaliações médicas e coleta de exames e 28 contatos telefônicos da equipe de pesquisa.

A vacina do Butantan tem potencial para proteger contra os quatro vírus da dengue com uma única dose e é produzida com os vírus vivos, mas geneticamente atenuados, isto é, enfraquecidos. O objetivo é que a vacina gere forte resposta imunológica, mas que não tenha capacidade de provocar dengue.

Nesta fase da pesquisa, os estudos visam a comprovar a eficácia da vacina. Do total de voluntários, 2/3 receberão a vacina e 1/3 receberá placebo, uma substância com as mesmas características da vacina, mas sem os vírus, ou seja, sem efeito. Nem a equipe médica e nem o participante saberá se tomou a vacina ou o placebo. O objetivo é descobrir, mais à frente, a partir de exames coletados dos voluntários, se quem tomou a vacina ficou protegido e se quem tomou o placebo contraiu a doença.

Mais ações

Nesta semana, o Governo do Estado lançou um plano de combate ao Aedes aegypti. A estratégia faz parte do Plano Estadual de Combate às Arboviroses, coordenado pela Secretaria de Estado da Saúde em parceria com outras 11 secretarias estaduais, no qual homens da Polícia Militar e da Defesa Civil trabalharão junto aos municípios.

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