sábado, 21 de setembro de 2024
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Estado de São Paulo lidera ranking de circulação de notas falsas

A circulação de notas falsas vem crescendo em Rio Preto. Só na última semana, a Polícia Civil registrou três casos. A suspeita é de que a mesma pessoa tenha cometido…

A circulação de notas falsas vem crescendo em Rio Preto. Só na última semana, a Polícia Civil registrou três casos. A suspeita é de que a mesma pessoa tenha cometido os crimes.

Segundo dados do Banco Central do Brasil, foram retiradas de circulação 439.384 mil notas falsas em todo o país no ano passado. O Estado de São Paulo lidera o ranking com 149.216 mil cédulas falsificadas, seguido de Minas Gerais (56.251 mil) e Rio de Janeiro (39.505 mil). O alvo dos bandidos são as notas de R$ 100 e R$ 50.

Elas são praticamente idênticas às originais. Muitas possuem até as marcas de segurança criadas pelo Banco Central. A modernização dos processos de impressão aliada ao baixo custo ajuda a explicar essa ‘explosão’ de cédulas ilegítimas.

Em Rio Preto, no último dia 6, uma dona de casa, de 36 anos, foi à terceira vítima envolvendo notas falsas. Ela tinha anunciado a venda de um celular iPhone 6 e a criminosa pagou R$ 800 no aparelho, entregando oito cédulas ilegítimas de R$ 100.

Os outros golpes aconteceram no fim de semana e as vítimas também foram mulheres. A suspeita agia da mesma forma, entrando em contato com elas por meio de um anúncio em um site de compra e venda de produtos. Ainda não há pistas da criminosa.

De acordo com o Código Penal, falsificar, fabricar ou adulterar a moeda é crime contra a fé pública e a pena para quem for pego pode variar de 3 a 12 anos de prisão.

“Esses crimes se somam às fraudes e aos estelionatos. Muitas vezes, não tem muito destaque porque não envolve violência, mas as denúncias vêm aumentando. Isso porque quem costuma ser lesado são pessoas de baixa renda que perdem uma grande quantia” explica o advogado especialista em Segurança Pública, Carlos Moretti.

Ainda segundo o advogado, o crime de falsificação de moeda traz à tona um comportamento inidôneo do brasileiro.

“Existe aquela ética, que é muito disseminada, sobre se dar bem em cima do outro. Os números de cédulas ilegítimas no mercado refletem esse hábito da população. Por isso, para reverter esse cenário, a investigação é fundamental”, conta.

O Real possui a 1ª e a 2ª família de cédulas e a diferença está no tamanho e nos mecanismos criados para impedir ou dificultar a falsificação como relevo, fundos especiais e microimpressões.

O primeiro cuidado que as pessoas devem ter quando vão receber uma nota é sentir a textura do papel. Nas partes escuras da nota, tem um relevo, que não é visível a olho nu, mas que é possível senti-lo. Os relevos de cédulas mais antigas tendem a ficar mais suave com o tempo, por isso todo o sinal deve ser considerado.

No caso da 1ª família do Real, as pessoas devem olhar o brasão da República contra luz dos dois lados e observar se estão perfeitamente coincidentes. Caso o círculo do brasão não esteja coincidindo do outro lado, é um sinal de que a nota é falsa.

Já em relação a marca d’ água é difícil conseguir identificar se a cédula é falsa ou não. Isso porque é possível encontrar notas falsas com marca d’ água simulada. Mesmo assim, é um importante item a ser analisado.

Também é importante observar a nota na altura dos olhos, na direção horizontal, na área ao lado de onde está escrito reais. Do lado esquerdo, dependendo do ângulo que você olha, terá escrito BC (Banco Central). Já no lado direito, em uma parte escura mais retangular, é possível ver escrito o valor da nota, no caso da nota de R$ 100, estará escrito CEM.

Um objeto muito usado, principalmente entre os comerciantes, é a caneta especial. Entretanto, é preciso ficar atento a algumas situações. Quando os criminosos usam papel autêntico e pegam uma nota de valor menor para falsificar uma mais valiosa, pode fazer com que a caneta ateste que ela é autêntica.

Outro caso é quando a nota autêntica é esquecida dentro de uma roupa e acaba sendo batida na máquina, a caneta pode indicar que é uma cédula falsa, já que a água lava a nota original.

Por Vinicius LOPES

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