domingo, 24 de novembro de 2024
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Estado assina declaração que visa eliminar a transmissão de HIV

O Secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn, assinou nesta quarta-feira (1), Dia Mundial de Luta contra a Aids, a “Declaração de Paris” que visa ampliar as políticas públicas do…

O Secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn, assinou nesta quarta-feira (1), Dia Mundial de Luta contra a Aids, a “Declaração de Paris” que visa ampliar as políticas públicas do estado com o objetivo de zerar as novas infecções por HIV e as mortes devido às complicações da Aids até o ano de 2030. O documento é uma iniciativa co-liderada pelo Unaids (Programa Conjunto da ONU sobre HIV e Aids).

O documento estipula metas: diagnosticar 95% da população que vive com HIV, tratar 95% da população diagnosticada e zerar a carga viral de 95% dos pacientes que fazem tratamento contra o HIV. São Paulo é o primeiro estado do Brasil a assinar a nova versão da declaração que teve as metas atualizadas este ano. Até o ano passado, as metas eram 90%, 90%, 90%.

A declaração ainda estipula compromissos importantes como o de combater o estigma e preconceito contra as pessoas que vivem com HIV e de disponibilizar amplamente e de forma gratuita testagem e métodos de prevenção combinada, que incluem preservativos, PEP (Profilaxia Pré-Exposição) e Prep (Profilaxia Pós-Exposição).

A iniciativa nasceu da chamara rede Fast-Track que mobilizou inicialmente o Unaids, a cidade de Paris, o UN-Habitat e a International Association of Providers of Aids Care. A meta do Unaids é envolver no compromisso outras metrópoles, estados, províncias e até cidades de menor porte.

“É nosso compromisso intensificar as políticas públicas para zerar as novas infecções de HIV no estado, A mortalidade em SP vem registrando queda, com uma redução de 44,8% na taxa de mortalidade por Aids e de 42% na incidência de casos da doença nos últimos dez anos, e queremos avançar ainda mais”, destaca o Secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn.

Segundo ele a redução dos índices é fruto de políticas públicas promovidas pelo Governo de SP e da conscientização da população, lutando sempre contra o estigma e discriminação envolvendo HIV/Aids. “Incentivamos permanentemente o autocuidado por meio da realização de testes periódicos e do uso da prevenção combinada”, complementou.

A queda de óbitos está relacionada principalmente ao acesso a tratamento antirretroviral, disponível gratuitamente no SUS. Em números absolutos, houve 1.880 vítimas fatais da doença no ano passado, contra 3.141 em 2010. Naquele ano, houve também 8.521 casos novos de aids, e em 2020, este número chegou a 5.363 casos.

Para Claudia Velasquez, diretora e representante do Unaids no Brasil, a assinatura de São Paulo da Declaração de Paris é estratégica, pela relevância e grande poder de influência e exemplo que o estado tem no contexto brasileiro e global. “O estado de São Paulo tem se mostrado muito alinhado com as metas de acabar com a epidemia de aids como ameaça à saúde pública e com os objetivos da Declaração de Paris e é um exemplo e inspiração para outros Estados do Brasil na eficiência da resposta ao HIV”, afirmou Claudia.

Hoje no Estado de São Paulo, estima-se que 254 mil pessoas vivam com HIV, sendo que apenas 88% estão diagnosticadas e 71% fazem tratamento. Dentre os que fazem tratamento, 96% estão com a carga viral zerada.

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