O Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil, a prefeitura do Rio, a Procuradoria-Geral de Justiça do estado e do Ministério Público do Trabalho farão nesta terça-feira (12) uma vistoria detalhada no Centro de Treinamento George Helal, do Flamengo, conhecido como Ninho do Urubu.
Dez jovens entre 14 e 16 anos morreram na última sexta-feira (8) após um incêndio. Dependendo das constatações, o local pode ser interditado parcial ou totalmente.
Nesta segunda-feira (11), integrantes do Flamengo, do Ministério Público, da Defensoria Pública, do Corpo de Bombeiros, da Polícia Civil e da prefeitura do Rio se reuniram no local. De acordo com o procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem, a diretoria do Flamengo assumiu as responsabilidades em relação à tragédia e comprometeu-se a dar apoio e acolhimento às famílias dos jogadores.
A informação foi confirmada pelo presidente do clube, Rodolfo Landim, que disse que o foco é prestar assistência às famílias das vítimas. Segundo ele, o clube disponibilizou psicólogos e trouxe parentes dos atletas de outras cidades para o Rio de Janeiro.
Além disso, de acordo com Landim, o Flamengo estuda a possibilidade de indenização. “Falamos da nossa vontade de indenizar essas famílias o mais rapidamente possível, buscando com a Defensoria um processo de mediação, fazendo com que isso possa terminar o mais rápido possível. Pois, às vezes, os processos judiciais demoram muito tempo”, disse Landim.
O procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro, Fábio Goulart Vilella, disse que haverá um esforço da entidade para fiscalizar todos os centros de treinamento no estado do Rio.
Vítimas
Dos catorze sobreviventes, três jogadores ficaram feridos e foram hospitalizados. O jogador Cauan Emanuel teve alta médica nesta segunda-feira (11). Segundo o Flamengo, Francisco Dyogo segue em curva de melhora, mas continua com demandas ventilatórias de oxigênio e ainda precisa de suporte com catéter nasal. Por conta disso, ele permanece internado no CTI.
O chefe do Departamento Médico do Flamengo, Dr. Márcio Tannure, e o médico das categorias de base do clube, Dr. Mauro Fonseca, além do clínico cardiologista do Hospital Vitória, responsável pela internação dos meninos, Dr. Fernando Bassan, acompanham a evolução dos quadros.
