domingo, 10 de novembro de 2024
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Escola para todos: Rede Municipal recebe crianças especiais

O problema da inclusão de crianças especiais nas escolas ainda é uma realidade no Brasil. Enquanto muitas instituições não estão preparadas para receber alunos portadores de deficiência, como é abordado…

O problema da inclusão de crianças especiais nas escolas ainda é uma realidade no Brasil. Enquanto muitas instituições não estão preparadas para receber alunos portadores de deficiência, como é abordado na novela Páginas da Vida, da Rede Globo, em Votuporanga a realidade é bem diferente. Na rede municipal de ensino, as crianças têm espaço como todas as outras e desenvolvem atividades diárias, ensinam, aprendem e se divertem.

No total são 38 crianças atendidas nas escolas municipais de Votuporanga. Uma delas é Ana Carolina da Silva, de 13 anos, mais conhecida pelos seus colegas de sala como Carol. Desde o começo do ano, a garota está matriculada na 1.ª série do ensino fundamental e a evolução neste período é perceptível. “Minha filha pratica todas as atividades e melhorou 100%. A escola é ótima e ela está muito bem. Agora ela desenha com mais precisão, enfim desenvolveu muito. E ela adora ir para a escola”, afirma a mãe Cleonilda Vicente da Silva, a Dona Rita.

A professora Maria José Garcia conta como a aluna foi recebida no começo do ano e mostra com felicidade a evolução já apresentada nas atividades aplicadas em sala de aula. “No primeiro dia de aula, os coleguinhas ficaram um pouco apreensivos. Mas não durou muito tempo. Ela conquistou todo mundo e a escola deu todo o apoio para isso. Hoje ela é o mascote da turma e uma professora que ensina todo mundo”, diz.

Maria José lembra de um fato que aconteceu no primeiro dia de aula e que encantou a todos. “Teve uma menina que estava andando em sala de aula, tropeçou na mochila e caiu no chão. Enquanto todos riam, a Carol levantou a garota, deu-lhe um beijo e disse que a amava. Foi lindo. A partir daquele dia ela virou o xodó”, conta.

Segundo a professora, o desenvolvimento cognitivo dela desde que entrou na escola municipal melhorou muito. Isso se deve à sociabilização dela com os outros alunos e, principalmente, pela atenção dada pela equipe de educadores da Secretaria Municipal da Educação e Cultura. “Agora ela já consegue diferenciar formas, cores. Na rede municipal não temos problemas com crianças especiais como acontece em alguns lugares. Quando temos que elogiar, elogiamos, mas quando tem que chamar a atenção, chamamos”, afirma.

Para a mãe, a receptividade foi muito boa e a educação é só elogios. “Por causa da novela, fiquei com medo de como seria a recepção e o tratamento. Mas depois, vi que é muito diferente. A rede municipal recebe todas as crianças, e muito bem”, diz.

Segundo a coordenadora do Departamento Pedagógico da Secretaria da Educação e Cultura, Luzia Zirundi, os pais que têm filhos em idade escolar e com dificuldades especiais de aprendizagem devem procurar a escola mais próxima de sua casa para efetuarem a matrícula. “Toda matrícula é efetivada tendo como referência, apenas a idade. Nenhuma criança precisa provar, através de laudo médico ou psicológico, que tem direito à vaga na escola. Aceitamos todos”, afirma.

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