O próximo presidente da República terá de indicar pelos menos dois novos ministros para o Supremo Tribunal Federal (STF), diante das aposentadorias compulsórias de Celso de Mello e de Marco Aurélio Mello.
Em entrevista divulgada pelo Estado de S. Paulo, neste domingo (21), o presidente do PSL, Gustavo Bebianno, falou sobre as intenções do candidato Jair Bolsonaro para o Supremo, caso seja eleito.
Cotado para assumir a pasta da Justiça em um possível governo do militar, ele afirmou que as indicações para a Corte “serão absolutamente republicanas, feitas pela competência e credibilidade”.
Bebianno, que tem coordenado a campanha do capitão reformado, chegou a cogitar, ainda, o nome de Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato em primeira instância. “Ter um ministro com o perfil do juiz Sérgio Moro no STF seria muito bom. É um nome que se cogita, sim. Ele é uma pessoa séria, patriota e que quer o bem para o Brasil”, destacou.
O presidente do PSL também defendeu a autonomia do Poder Judiciário, e minimizou as declarações de Bolsonaro, de que aumentaria o número de ministros do Supremo. “Acho que isso foi um pensamento, um comentário alto que ele fez”, disse.
Sobre mudanças na forma de funcionamento do STF, Bebianno avaliou que a Justiça “tem a sua autonomia”, e que o assunto “precisa ser pensado pelo próprio Judiciário”. “Agora, de forma alguma há o desejo do Executivo de impor qualquer alteração do Judiciário. Os ministros são independentes”, completou.