O número de casos de dengue já ultrapassou 27 mil na pior epidemia da história do Mato Grosso do Sul. A situação mais crítica é a da capital Campo Grande, que concentra 85% dos casos. Levantamento da Secretaria Municipal de Saúde, divulgado nesta quinta-feira aponta que 23,4 mil pessoas já foram contaminadas pela doença até agora. Somente do início do Carnaval até hoje foram registrados cerca de cinco mil casos. Três mortes foram confirmadas desde janeiro.
O que preocupa as autoridades é o ritmo de propagação da epidemia. No dia 16, a cidade contabilizava 16,4 mil casos – o que demonstra que o problema cresce à razão de mil novos casos por dia. Em 2002, quando o Estado registrou outra epidemia, 12 mil pessoas contraíram a dengue em Campo Grande.
O avanço da dengue tem sido combatido com medidas emergenciais. Carros equipados com borrifadores de veneno cortam a cidade dia e noite. Mais de 3 mil pessoas – entre agentes de saúde, funcionários de vários órgãos públicos e até soldados do Exército – estão atuando diretamente na tentativa de destruir focos do aedes aegypt, o mosquito transmissor da doença.
Numa decisão inédita em janeiro, a Justiça autorizou as equipes da prefeitura a entrar em imóveis abandonados ou fechados, sem autorização dos proprietários. De acordo com o município, mais de 40 mil imóveis da cidade estão desabitados e são focos de proliferação do mosquito.
