Após a notificação da Prefeitura de Votuporanga em relação à campanha “Votu Solidária”, o jornal A Cidade ouviu alguns representantes de entidades que participavam da inciativa.
Na opinião de Waldenir Cuim, da Associação Beneficente Caminho de Damasco, o que aconteceu foi um mal-entendido, porque a campanha “Votu Solidária” tem a proposta de auxiliar os mais carentes e os mais necessitados. A iniciativa, acrescentou, está apenas agrupando as entidades como proposta de arrecadação de alimentos, como é o caso das 60 toneladas já arrecadadas. “Esse trabalho tem o único objetivo de socorrer as famílias vítimas da pandemia, do desemprego e da situação toda, então não há outro interesse além da solidariedade”, falou.
Cuim espera continuar com esse trabalho que as entidades fazem há tantos anos em Votuporanga de visitas, com todas as regras para prevenção, entregando com máscara, álcool em gel, doando cestas básicas com as mãos higienizadas. “Nós não entramos nas casas, ficamos nas portas. Isso tem que continuar. A gente lamenta esse mal-entendido, mas eu espero que com a inteligência que as pessoas têm, a gente consiga resolver isso”, concluiu.
Para Thiago Brandão, do Recando de Paz, antes da notificação era necessária uma conversa com a organização “certinho e não notificar dessa forma e pondo fim ao movimento”. “Isso está unindo todas as entidades em prol dos menos favorecidos, então isso deveria ter um diálogo. Lógico que eu entendo essas questões da pandemia e da legislação que está sendo aplicada, mas chama a liderança, o doutor Luciano Melo e a liderança das entidades e vamos conversar”, opinou.
O voluntário entende que com dialogo é possível resolver melhor essa situação. “Mas vamos ver, eu acho que apesar do que aconteceu e da indignação de todos nós, agora é a gente esfriar um pouco a cabeça e encontrar uma solução para continuar com todas as prevenções possíveis”, concluiu.